Política

Meta de economia do governo pode não ter ajuda do pré-sal

Dinheiro entraria nos cofres da União somente em 2014.

Folha de São Paulo
24/07/2013 14:47
Visualizações: 237 (0) (0) (0) (0)

 

O governo aposta num recurso de risco, o dinheiro da concessão de um único campo de petróleo, para cumprir a meta de superavit primário de 2,3% do PIB em 2013.
Ao anunciar ontem (23) um corte nas despesas do Orçamento, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) elevaram em R$ 7 bilhões a projeção das receitas com concessões, que chegariam ao final do ano em R$ 23,1 bilhões.
Eles informaram que o aumento se referia a todas as concessões previstas, incluindo aeroportos, estradas, ferrovias e portos.
Mas, pelos modelos de concessão adotados, os únicos leilões previstos para este ano que geram receitas para o governo são os de aeroportos e de campos de petróleo.
Nos demais setores, o vencedor é definido pelo menor preço ofertado e não há pagamento ao governo.
No caso dos aeroportos, nas concessões previstas para este ano (Galeão e Confins), os primeiros pagamentos só ocorrerão em 2015. O aumento da previsão, portanto, refletiu exclusivamente o incremento da receita esperada com leilões de petróleo.
Parte desse aumento já está garantida. O governo obteve, em maio, uma arrecadação quase R$ 2 bilhões superior à prevista com a 11ª Rodada de licitações de petróleo.
A outra parte da receita nova se refere ao campo de Libra, da camada pré-sal, cujo bônus de assinatura (taxa paga pelo vencedor) passou de R$ 10 bilhões para R$ 15 bilhões. Como nesse leilão ganha quem ofertar ao governo mais barris de petróleo retirados, não haverá variação no bônus pelo campo.
Caso o leilão se concretize, e o pagamento ocorra neste ano, o governo conseguirá apenas com esse recurso cobrir cerca de 20% de tudo o que previu economizar antes do pagamento de juros, o chamado superávit primário.
A questão é que há uma defasagem de tempo entre a licitação e o pagamento efetivo do campo. O governo prevê o leilão para 21 de outubro e o prazo para a assinatura do contrato - e o consequente pagamento do valor à vista- é até o fim de novembro.
Um leilão de tamanha importância (é o maior campo de petróleo já descoberto no Brasil) pode atrasar por demandas judiciais e pedidos de impugnação.
Na 11ª rodada de licitações, ocorrida em 14 maio, o prazo para a assinatura dos contratos era até 6 de agosto (80 dias). A responsável pela concorrência, a ANP, reviu a previsão oficial e deu mais 25 dias de prazo para as empresas fazerem os pagamentos, totalizando 105 dias.
Se o mesmo prazo da 11ª rodada for replicado em Libra, o dinheiro só entrará nos cofres do governo em 2014.

O governo aposta num recurso de risco, o dinheiro da concessão de um único campo de petróleo, para cumprir a meta de superavit primário de 2,3% do PIB em 2013.


Ao anunciar ontem (23) um corte nas despesas do Orçamento, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) elevaram em R$ 7 bilhões a projeção das receitas com concessões, que chegariam ao final do ano em R$ 23,1 bilhões.


Eles informaram que o aumento se referia a todas as concessões previstas, incluindo aeroportos, estradas, ferrovias e portos.


Mas, pelos modelos de concessão adotados, os únicos leilões previstos para este ano que geram receitas para o governo são os de aeroportos e de campos de petróleo.


Nos demais setores, o vencedor é definido pelo menor preço ofertado e não há pagamento ao governo.


No caso dos aeroportos, nas concessões previstas para este ano (Galeão e Confins), os primeiros pagamentos só ocorrerão em 2015. O aumento da previsão, portanto, refletiu exclusivamente o incremento da receita esperada com leilões de petróleo.


Parte desse aumento já está garantida. O governo obteve, em maio, uma arrecadação quase R$ 2 bilhões superior à prevista com a 11ª Rodada de licitações de petróleo.


A outra parte da receita nova se refere ao campo de Libra, da camada pré-sal, cujo bônus de assinatura (taxa paga pelo vencedor) passou de R$ 10 bilhões para R$ 15 bilhões. Como nesse leilão ganha quem ofertar ao governo mais barris de petróleo retirados, não haverá variação no bônus pelo campo.


Caso o leilão se concretize, e o pagamento ocorra neste ano, o governo conseguirá apenas com esse recurso cobrir cerca de 20% de tudo o que previu economizar antes do pagamento de juros, o chamado superávit primário.


A questão é que há uma defasagem de tempo entre a licitação e o pagamento efetivo do campo. O governo prevê o leilão para 21 de outubro e o prazo para a assinatura do contrato - e o consequente pagamento do valor à vista- é até o fim de novembro.


Um leilão de tamanha importância (é o maior campo de petróleo já descoberto no Brasil) pode atrasar por demandas judiciais e pedidos de impugnação.


Na 11ª rodada de licitações, ocorrida em 14 maio, o prazo para a assinatura dos contratos era até 6 de agosto (80 dias). A responsável pela concorrência, a ANP, reviu a previsão oficial e deu mais 25 dias de prazo para as empresas fazerem os pagamentos, totalizando 105 dias.


Se o mesmo prazo da 11ª rodada for replicado em Libra, o dinheiro só entrará nos cofres do governo em 2014.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Royalties
Royalties: valores referentes à produção de maio para co...
24/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe reforça protagonismo nacional no setor energétic...
24/07/25
Etanol de milho
Participação do etanol de milho cresce e ganha protagoni...
24/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Avanço do Sergipe Águas Profundas e descomissionamento d...
24/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Potencial de Sergipe na produção de óleo e gás é destaqu...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergas tem participação no Sergipe Oil & Gas 2025 com fo...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Quarta edição do Sergipe Oil & Gas destaca Sergipe no me...
23/07/25
PD&I
ANP realiza workshop sobre Fundo de Investimento em Part...
23/07/25
Bacia de Campos
ANP aprova acordo de individualização da produção do pré...
23/07/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana impulsiona economia regional e gera...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Eneva celebra 5 anos do Hub Sergipe durante o Sergipe Oi...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sebrae e rede Petrogas levam soluções e serviços de pequ...
22/07/25
Resultado
Compagas registra resultados históricos e acelera expans...
21/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Governo do Estado apoia 4ª edição de Sergipe Oil & Gas e...
21/07/25
Gás Natural
Sergipe lidera debate nacional sobre redes estruturantes...
21/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
21/07/25
Resultado
Revap alcança recordes históricos no 1º semestre com die...
21/07/25
Combustíveis
Etanol registra nova queda, segundo Cepea/Esalq
21/07/25
RenovaBio
Primeira lista de distribuidores de combustíveis inadimp...
19/07/25
Energia Solar
Transpetro inaugura usina solar para abastecer o Termina...
17/07/25
Internacional
IBP participa do World Oil Outlook da OPEP com análise s...
17/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22