Mão de obra

Mercado de trabalho offshore sofre com a falta de profissionais com fluência em inglês

Redação/Assessoria
21/11/2019 11:12
Mercado de trabalho offshore sofre com a falta de profissionais com fluência em inglês Imagem: Divulgação Visualizações: 956

Há algumas décadas, falar inglês era um diferencial no currículo de profissionais de qualquer área. Hoje, é um pré-requisito indispensável para conquistar uma vaga no mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico. No entanto, as empresas sofrem para encontrar profissionais que falem fluentemente o idioma. Mais difícil ainda é achar profissionais que saibam mais de uma língua, como o espanhol, francês e alemão.

Todos os profissionais da área de recursos humanos são categóricos ao afirmar que o brasileiro não domina o inglês, muito menos outros idiomas. Segundo pesquisas da Catho, site tradicional de ofertas e buscas de emprego, quem sabe inglês pode chegar a ganhar 52% a mais do que outros trabalhadores no mesmo cargo. Porém, no Brasil, apenas 3% da população fala inglês fluente. E mais de 60% das pessoas, entre 20 e 45 anos, já perdeu alguma oportunidade de trabalho por esse motivo.

“Para trabalhar em grandes empresas o inglês é fundamental. O crescimento profissional está atrelado a várias competências técnicas que o profissional vai adquirindo ao longo da vida. E uma dessas competências é a fluência em idiomas, não somente o inglês, mas também o espanhol e o alemão são importantes”, enfatiza Lígia Molina, professora da área de gestão de pessoas da IBE Conveniada FGV.

Em todas as áreas, saber inglês é muito importante. Porém, em algumas, é fundamental não apenas para ingressar no mercado de trabalho, mas também para crescer nele. Destacam-se as áreas de TI e tecnologia, administração, marketing, turismo, comércio exterior, turismo, contabilidade, mídias sociais, engenharia, desenvolvimento web e de aplicativos e relações internacionais. “Muitas vezes você precisa se relacionar com profissionais de outros países. E, nessas horas, sair do básico transmite credibilidade”, comenta Lígia.

Como correr atrás do prejuízo

Muitos profissionais se dão conta da falta que o inglês faz quando já estão inseridos no mercado de trabalho há muitos anos. E começam a aparecer as dificuldades para subir na carreira, ganhar uma promoção ou mudar de empresa.

É claro que, quanto antes começar o aprendizado do idioma - de preferência na infância -, mais fácil fica para adquirir a proficiência necessária. Mas também é possível recuperar o tempo perdido quando se é adulto. As escolas de inglês são cada vez mais procuradas, principalmente por executivos, profissionais de cargos de nível mais alto.

O ensino híbrido é o mais indicado para quem precisa se dividir entre o trabalho e o estudo. Muitas escolas oferecem aulas presenciais e programas on-line que complementam o aprendizado. A falta de tempo não é mais desculpa para quem precisa correr atrás do prejuízo e aprender inglês de uma forma definitiva.

As aulas particulares podem ser o melhor caminho para quem quer chegar mais rápido ao objetivo da fluência. Geralmente, nessa modalidade de ensino, as aulas são personalizadas e o aluno consegue evoluir rapidamente para níveis mais avançados em menos tempo.

Intercâmbio profissional

Fazer um intercâmbio profissional pode ser uma experiência importante para jovens até 30 anos e que sentem na pele a falta que faz o inglês fluente. Como pré-requisitos, são indispensáveis ter algum conhecimento da língua estrangeira e também uma boa reserva de dinheiro. Muitas das atividades que serão exercidas lá fora não são remuneradas. O objetivo é melhorar o inglês e turbinar a carreira, e não exercer uma atividade profissional remunerada.

Existem vários tipos de intercâmbio profissional, como o Talentos Globais, um programa oferecido pela AIESEC, uma organização internacional sem fins lucrativos, que possibilita trabalhar no exterior de 3 a 12 meses, em empresas de vários setores e com alguma remuneração.

Há também programas voltados para o trabalho voluntário e estágio em vários segmentos. É preciso ter a mente aberta para novas experiências e o aprendizado da cultura, além do idioma. É preciso sempre lembrar que o foco da experiência é desenvolver o idioma. E, na volta para casa, será possível recuperar o investimento com melhores oportunidades profissionais e remuneração.

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