O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e a EMC, empresa global de Tecnologia da Informação (TI), assinaram um Acordo de Cooperação Técnica e Científica nesta quinta-feira (7), durante o evento EMC Big Data Summit, no Rio de Janeiro. A empresa está desenvolvendo seu Centro de Pesquisas e Desenvolvimento no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), focado principalmete na aquisição, análise, colaboração e visualização de dados gerados para a indústria de petróleo e gás.
O acordo faz parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI, ou Programa TI Maior, do MCTI, lançado em 2012, que reúne investimentos de R$ 480 milhões, com o objetivo de alavancar o desenvolvimento do setor no país. Entre as metas está a atração de Centros Globais de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país.
"É importante estimular a criação de empresas de softwares para ampliar a participação delas no país, e também apoiar o desenvolvimento de produtos de softwares de classe mundial", disse Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática do MCTI. Ele lembrou das dimenções fundamentais do setor para o Brasil, que "representa algo em torno de 4,4% do PIB brasileiro" além de ser estratégico pois engloba a indústria automobilística e médica, por exemplo. "A inovação nos demais setores ocorre pela participação forte e acentuada das tecnologias da informação".
Entre os presentes estavam o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Luciano Coutinho; o secretário municipal de Ciência e Tcnologia, Franklin Coelho; o presidente da EMC, Brian Gallagher; a gerente geral do CT da EMC, Karin Breitman; e o presidente da Finep, Glauco Arbix.
Na ocasião, o ministro Raupp citou um novo programa de financiamento para empresas de tecnologia. "Não posso falar de valores pois ainda existem questões que precisam passar pelos ministérios técnicos, como o da Fazenda e o do Planejamento. E quem vai anunciar é a presidente Dilma. Só quero dizer que é um programa que dá continuidade a vários outros como o Inova Petro, TI Maior e Tecnova, que a Finep e o BNDES estão executando", disse o ministro.
Sobre os benefícios que o setor de óleo e gás terá com a parceria, Karin Breitman afirmou que a empresa criará inovação. "Temos um foco, e já fechamos colaboração da Siemens/Chemtech, em otimizar processos e reduzir custos, em particular com big data analytics", afirmou a gerente. "O papel da EMC no Brasil é desenvolver pesquisas, mas também avançar na área de big data [conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais em volume, variedade e velocidade inéditos]".