Ministrada pelo conselheiro do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e membro da comissão de energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Armando Guedes, o panorama atual da matriz energética brasileir
RedaçãoMinistrada pelo conselheiro do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e membro da comissão de energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Armando Guedes, o panorama atual da matriz energética brasileira foi o tema da palestra de abertura da sétima edição da Rio Pipeline. As recentes descobertas na camada pré-sal também foram destacadas.
O executivo indicou que o século XXI é marcado pela diversificação das fontes de energia e que 70% do panorama mundial de energias está no setor de petróleo e gás. Segundo Guedes, apesar do significativo crescimento do setor de biocombustíveis, o de petróleo e gás ainda deterá grande importância no cenário mundial. Ressaltou também que o gás é considerado o grande substituto do petróleo, mas por não ter facilidades logísticas implica em alguns desafios.
Quanto a matriz brasileira, Guedes revela que em comparação com as demais matrizes mundiais, o Brasil é caracterizado por uma matriz limpa, onde a geração hidráulica é destaque. A mudança no perfil da demanda ao longo dos últimos 60 anos também foi apresentada. Segundo os dados, nesse período o que mais marcou foi o decréscimo do consumo de gasolina, a substituição da gasolina pelo álcool e o decréscimo do consumo de combustíveis. A nível de refino e derivados, Guedes indicou que o Brasil sempre manteve bons patamares na sua capacidade.
O diesel foi um dos grandes destaques da palestra. De acordo com o representante do IBP, o diesel e o álcool terão grandes representações até 2020. "Apesar dos EUA ser o grande produtor de álcool (de milho), o Brasil está crescendo e crescerá muito ainda até 2020. A produtividade e os custos do nosso álcool (cana) são extremamente favoráveis. A tendência é o país ser um grande exportador de álcool.", afirma Guedes. Quanto ao diesel, o executivo faz uma apelo: "O governo tem que dar mais atenção ao diesel para que ele tenha maior destaque na matriz. Esse é um grande desafio".
Guedes encerrou a apresentação falando das recentes descobertas na camada pré-sal. Ele mostrou como o projeto do pré-sal impacta no cenário do país. "Apartir de 2020 a produção nacional de petróleo deverá ultrapassar em muito a meta dos 3920 boed. Além disso, o país se tornará um exportador de derivados", revela. Segundo ele os grandes desafios ainda estão na área regulatória, financeira, tecnológica, de recursos humanos e serviços e logística. Com relação ao gás, afirma: "A oferta de gás natural crescerá substancialmente, o grande desafio está na logística e transporte de gás".
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