A Marinha informou no domingo (26) que tenta evitar o vazamento de óleo de uma embarcação que naufragou em dezembro de 2011 perto da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), base da Marinha na Antártida que pegou fogo no sábado.
O navio de carga que era usado para abastecer a base afundou a 900 metros da praia durante o transporte de material para a terra. De acordo com a Marinha, a embarcação contém 10 mil litros de óleo e está submersa a 40 metros de profundidade.
A Marinha informou que imagens feitas por um submarino mostram que, até o momento, não houve vazamento de combustível. Os militares tentarão recuperar o navio com apoio da Petrobras sem que haja poluição ambiental. Um navio da estatal chegará no local na quinta-feira (29) para o início das operações de resgate da embarcação.
“A Marinha do Brasil assinou um Termo de Compromisso específico com a Petrobras, a qual ofereceu o navio Gulmar Atlantis, já contratado por aquela empresa, para realização da operação, estando os custos decorrentes a cargo da Marinha", diz a Marinha em nota.
De acordo com os militares, o navio partiu da Base Naval do Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro, e ao chegar "imediatamente iniciará a operação de reflutuação”, afirma a nota.
A operação contará com meteorologistas, navegadores, mergulhadores e médicos. “A chata (embarcação) de óleo será envolvida por bóias, que serão infladas para permitir a sua flutuabilidade e, com o auxílio do guindaste do navio, será trazida a superfície. Durante a reflutuação serão empregados todos os recursos necessários para a contenção de poluição ambiental”, explicou a Marinha.
Os militares destacaram ainda que o Brasil "honra os compromissos definidos no Protocolo ao Tratado Antártico sobre a Proteção do Meio Ambiente, pelo qual os países membros devem tomar as medidas necessárias para reagir a situações que possam ameaçar o meio ambiente antártico".