Negócios

Marinha gastará US$ 90 bi para afastar cobiça ao pré-sal

O coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha, contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, revelou a esta coluna, nesta terça-feira, que os gastos da Marinha do Brasil, nos próximos 20 anos, serão muito superiores aos que vêm sendo noticiados. Frade Carneiro

Monitor Mercantil
30/10/2009 10:05
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O coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha, contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, revelou a esta coluna, nesta terça-feira, que os gastos da Marinha do Brasil, nos próximos 20 anos, serão muito superiores aos que vêm sendo noticiados. Frade Carneiro participou de seminário do grupo IBC, realizado no Hotel Miramar, na Zona Sul do Rio.

 

- Ao longo desse período, a Marinha aplicará nada menos de US$ 90 bilhões. Parece muito, mas o gasto anual corresponderá a 0,5% da receita esperada com o pré-sal. E quase nada comparado com o valor do pré-sal. Outras fontes estimam em US$ 650 bilhões o investimento no pré-sal, cuja riqueza pode atingir alguns trilhões de dólares.

 

Segundo Frade Carneiro, há uma relação direta entre esse investimento e a descoberta de tanta riqueza no pré-sal:

 

- O mundo vive em paz, mas com tanta riqueza no mar, manda a prudência que se invista um pouco em segurança. Se um cidadão faz seguro de seu carro, a nação tem de dispor de seguro para uma riqueza tão ampla.

 

Lembrou que, além disso, o equipamento protegerá a costa e o próprio comércio exterior, que movimenta US$ 400 bilhões por ano. A imprensa tem noticiado a compra de cinco submarinos Scorpene, da França – quatro convencionais e um adaptado para motor nuclear. Um estaleiro será construído em Itaguaí (RJ) para fabricação dessas unidades e o motor nuclear será desenvolvido pela Marinha, em São Paulo. O pacote de compras inclui ainda 16 helicópteros Super Cougar franceses, para apoio a plataformas; quatro helicópteros americanos, equipados de mísseis e torpedos; e seis navios-patrulha, dos quais dois estão sendo concluídos no Ceará e quatro terão construção iniciada no Eisa (Rio).

 

Além de fabricação de equipamentos no Brasil – no caso dos submarinos e navios-patrulha – e importação de helicópteros, o orçamento da Marinha prevê gastos com a construção do estaleiro de Itaguaí – a cargo da francesa DCNS e da brasileira Odebrecht – e gasto com a compra de tecnologia. Comenta-se que o Exército está com ciúmes da Marinha, mas nada impede que a força receba verba especial para proteger a Amazônia – contra entrada de armas e drogas e para prevenir invasões esporádicas.

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