Royalties

Maricá é a nova `menina dos olhos` do setor petrolífero

O Flumiense
21/11/2005 00:00
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O petróleo que já mudou cidades como Campos dos Goytacazes, Macaé e Niterói pode fazer de Maricá um novo eldorado de emprego e exploração de combustível. É o que garante o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, que aposta no grande potencial de produção do setor BS 500, que fica próximo à região de Maricá, no Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos, para transformar a cidade nos próximos cinco anos.

"Esse bloco é o grande `filé mignon` do litoral brasileiro e será, em pouco tempo a `menina dos olhos` da Petrobras", afirmou Victer.

A área ainda está sendo explorada pelos pesquisadores, mas a estatal calcula que somente em gás, o setor pode gerar 420 bilhões de metros cúbicos. A produção explorada será de 12 milhões de metros cúbicos por dia a partir de 2008, quando ela deve atingir o seu auge.

Maricá aguarda com grande expectativa o início da exploração de petróleo e gás na sua região. Só de royalties, o prefeito Ricardo Queiroz, prevê que a cidade pode chegar a receber R$ 20 milhões por mês.

"Maricá hoje recebe como município produtor, de acordo com a nova lei, em torno de  R$ 500 mil mensais. Acreditamos que no primeiro ano de exploração, esse capital possa saltar para R$ 2 milhões e chegar a R$ 20 milhões no seu auge", afirmou Queiroz.

Querendo se tornar "o futuro município do estado do Rio de Janeiro", nas palavras de seu prefeito, Maricá já está se preparando para se tornar uma nova Campos.

A cidade do Norte-Fluminense foi incluída nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como uma das dez cidades com maior participação do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Sua economia passou de 0,4% do PIB nacional em 1999 para 1,1% em 2003.

Segundo o IBGE, o petróleo é o principal responsável pelos melhores resultados municipais. Não por acaso Campos e Macaé são as duas cidades que mais contribuem para o PIB nacional, com 2% e representam 16,2% do PIB do Rio de Janeiro.

Investimentos – Para receber a chegada de novas indústrias e empregos à cidade, o prefeito Ricardo Queiroz diz que a cidade está se preparando com a pavimentação de suas estradas, obras de infraestrutura e investimentos em saúde e educação.

"Queremos trazer uma unidade da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica) para cá até o meio do ano que vem para formarmos mão-de-obra especializada. Estamos fazendo um novo plano de desenvolvimento urbano e ainda temos um aeroporto que está em perfeitas condições. Desejamos ainda criar novos postos de saúde e reformar o único hospital municipal que temos. Acredito que mexendo nas questões educacional, de saúde e planejamento de solo, a cidade estará preparada para receber esse progresso", disse Queiroz, que previu a geração de milhares de empregos na cidade.

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, acredita que o novo ponto de exploração trará ainda mais benefícios para o Estado.

"Vai criar uma nova fronteira de geração de royalties e de geração de empregos. Além disso, o apoio offshore deve ser feito pelos portos de Niterói, trazendo também benefícios para este município", conta Wagner Victer.

Benefícios - O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Niterói, Rodrigo Neves, confirma que a exploração do bloco BS 500 trará benefícios para a cidade.

Uma das vantagens do município, segundo o secretário, é a mão-de-obra extremamente qualificada. "Niterói fica num setor estratégico, há menos de 120 quilômetros daquela região e tem vários argumentos para se transformar na base de negócios e operacional da Bacia de Santos. Caso isso aconteça, ampliará as  perspectivas da cidade em três fatores: emprego, ampliação da arrecadação e da receita da cidade", disse Neves.

A cidade tem trabalhado para concretizar este sonho. Há duas semanas, o secretário teve uma reunião com representantes da indústria petroquímica Repsol que lhe garantiram que a base de operações da empresa para a Bacia de Santos será instalada em Niterói. Ele espera receber o mesmo sinal verde da Petrobras e da Shell, que adquiriram blocos importantes de exploração na última rodada de licitações, para que novos empregos e royalties possam surgir.

"Estamos nos preparando para este momento. O prefeito Godofredo Pinto tem conversado com organismos internacionais para viabilizar investimentos de natureza viária, no comércio e em construção civil", afirmou.

Hoje, Niterói recebe por ano R$ 35 milhões em royalties de petróleo.

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