Rio Grande do Sul

Lula visita plataforma P-53 e obras do dique-seco de Rio Grande

<P>A P-53 chegou ao Porto de Rio Grande no dia 4 de setembro de 2007, para a fase final de sua construção, após ser trazida de Cingapura, onde houve a conversão do casco, e passar por Niterói, onde aconteceu a montagem de módulos. A conclusão dos trabalhos está prevista para o quarto trimest...

Victor Abramo
03/04/2008 00:00
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A P-53 chegou ao Porto de Rio Grande no dia 4 de setembro de 2007, para a fase final de sua construção, após ser trazida de Cingapura, onde houve a conversão do casco, e passar por Niterói, onde aconteceu a montagem de módulos. A conclusão dos trabalhos está prevista para o quarto trimestre de 2008. Em seguida, a plataforma será instalada na Bacia de Campos, no campo de Marlim Leste, em lâmina dágua de 1.080 metros. A P-53 terá capacidade de produzir 180 mil barris/dia de óleo e seis milhões de metros cúbicos de gás, além de tratar e injetar 245 mil metros cúbicos de água por dia e gerar 92 megaWatts de energia. O investimento na plataforma é de US$ 1,3 bilhão.

As obras da P-53 desempenham papel relevante na economia do país, uma vez que o conteúdo nacional mínimo na obra foi atingido para os materiais e serviços. Esse processo movimenta diversos setores da economia brasileira em vários estados, principalmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, a construção da P-53 gera mais 3.200 empregos diretos em Rio Grande. Outros 10 mil postos indiretos de trabalho foram criados na região em decorrência desse empreendimento.

A construção da nova plataforma, segmentada em módulos, foi contratada às empresas Keppel Shipyard, responsável pela conversão do casco e montagem do maior turret (torre receptora das linhas flexíveis de produção, injeção, controle e das linhas de ancoragem) do mundo; SBM, responsável pelo projeto e suprimento do turret; Rolls-Royce, responsável pelo módulo de geração; DRVA, responsável pelo módulo de compressão; e Quip responsável pelos módulos de separação de óleo, tratamento de gás e utilidades, além da integração de todos os módulos.
 
Dique-seco

Primeiro dique no Brasil que oferecerá condições para o compartilhamento simultâneo de obras de construção, conversão e/ou reparo de emergência de plataformas de produção e de perfuração, o dique-seco de Rio Grande, cuja conclusão está prevista para fevereiro de 2009, vai gerar até 9 mil empregos diretos quando estiver em pleno funcionamento. Atualmente, esse empreendimento gera aproximadamente mil empregos diretos. Com o crescimento do volume das obras, esse número deverá crescer para cerca de 1.500 postos de trabalho a partir de julho. O dique-seco receberá investimentos de R$ 439 milhões.

Para o Brasil e para a Petrobras, a existência de um dique-seco é estratégica, uma vez que o país ainda não dispõe de instalações desse tipo que permita a manutenção e reparos de plataformas semi-submersíveis de grande porte. Por isso, esses serviços têm sido realizados no exterior, com significativo aumento de custos, deixando de gerar emprego e renda no mercado interno.

 A infra-estrutura em Rio Grande compreende uma área de aproximadamente 500 mil metros quadrados, com um dique-seco de 350 x 130 metros de área e profundidade de 14 metros, permitindo a construção de qualquer tipo de plataforma. No local, estão em construção oficinas para processamento de até 12 mil toneladas de aço por ano e dois cais de acabamento, sendo um de 150 e outro de 350 metros de comprimento.

 Em abril, será instalado o pórtico, principal equipamento do dique-seco. Trata-se de uma estrutura de aço de 130 metros de vão livre com 80 metros de altura que permitirá o levantamento de cargas de até 600 toneladas dentro do dique. O projeto inclui ainda dois pátios para construção de módulos offshore com aproximadamente 100 mil metros quadrados cada um.

 A primeira plataforma construída no dique-seco será a P-55, cujas obras começarão ainda em 2008, com término previsto para o final de 2011. Nesse período, dependendo do volume dos trabalhos, poderão ser gerados até 3.500 empregos diretos.

 Com a construção do dique-seco, a Petrobras atingirá os principais objetivos do projeto: transformar a região num Pólo Naval e revitalizar a indústria local de bens e serviços, conseqüentemente, gerando empregos diretos e indiretos. Essa estratégia de incentivo à construção naval e offshore no Brasil segue a orientação governamental e os objetivos do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).

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