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Lucro da Galp cai 54,8% no 1º trimestre para 49 mi de euros

O lucro da Galp Energia caiu 54,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, para 49 milhões de euros. Contudo, o resultado é melhor do que esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 61,7%.

Agência Lusa
14/05/2009 12:44
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O lucro da Galp Energia caiu 54,8% no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, para 49 milhões de euros. Contudo, o resultado é melhor do que esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 61,7%.

 

A diminuição se deveu ao menor resultado operacional dos segmentos de exploração e produção de Gás e Energia, indica a empresa num comunicado. No período, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, apreciações e depreciações) da petrolífera caiu 35,4%, para 151 milhões de euros.

 

Segundo o presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, "no primeiro trimestre de 2009 foram processados 13,3 milhões de barris de petróleo nas refinarias da Galp, o que compara com os 23,6 milhões do período homólogo".

 

"Esta diminuição deveu-se ao incidente na fábrica de utilities na refinaria de Sines no dia 17 de janeiro", explicou Ferreira de Oliveira durante a apresentação das contas da empresa.

 

"As margens de refino estiveram praticamente iguais, mas a grande variação foi a quantidade de óleo processado", disse.

 

Vendas

 

As vendas da Galp Energia diminuiram 16,2%, de 3,4 bilhões de euros no primeiro trimestre do ano passado para 2,9 bilhões de euros no mesmo período deste ano. A petrolífera indicou que no segmento de negócio de Exploração e Produção a quebra foi provocada pela descida do preço do crude bem como pela diminuição da produção.

 

A Galp acrescentou que no setor da Refino e Distribuição, a queda dos preços dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais afetaram negativamente o volume de negócios da empresa.

 

Dívida

 

Em relação à dívida, a parte líquida no final do primeiro trimestre de 2009 era de 2,1 bilhões de euros, enquanto no ano passado era de 1,8 bilhão. "Este aumento resultou de pagamentos pontuais a fornecedores relacionados com a aquisição das filiais ibéricas da Agip e da ExxonMobil, no montante de 195 milhões de euros, com impacto no fundo de maneio da empresa e na dívida", explicou a empresa.

 

A empresa divulgou ainda ter investido no primeiro trimestre de 2009 cerca de 96 milhões de euros. Até ao final do ano, adiantou Ferreira de Oliveira, a Galp prevê investir mais 900 milhões de euros.

 

Mercado externo

 

Segundo o presidente da companhia, as exportações registaram uma queda de 36,5% em relação ao primeiro trimestre de 2008, de onde se destaca um decréscimo de 67% nas gasolinas devido a parada na produção da refinaria de Sines.

 

Além disso, contribuíram para o resultado a redução de 16,3% no fuelóleo e um aumento dos lubrificantes de 17,9%. As vendas totais de gás natural (milhões de metros cúbicos) caíram 26,9%, tendo as vendas ao mercado liberalizado sido responsáveis por 40,6% dessas quedas e 9,4% devido ao mercado regulado.

 

"São resultados que não nos deixam satisfeitos, mas são aceitáveis. No nosso negócio não podemos ser taquicárdicos. Os nossos resultados são superiores aos consensos de mais de 20 analistas que acompanham a Galp. Através da Europa as empresas tiveram resultados semelhantes ao nosso", afirmou.

 

Contudo, Ferreira de Oliveira afastou qualquer hipótese de demissões, acrescentando que "no contexto macroeconômico atual não é o momento para reestruturações de fundo".

 

Empréstimo de 700 mi de euros junto a consórcio

 

O presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, anunciou nesta quarta-feira ter sido aprovado um financiamento de 700 milhões de euros junto a um consórcio de 14 bancos com condições bastante atrativas.

 

"No consórcio estão praticamente todos os bancos portugueses. O BES, Santander, a CGD, o BPI, o Millenium, praticamente todos. Foi uma operação tranquila", explicou Oliveira durante a apresentação dos resultados trimestrais do grupo.

 

"O consórcio financia-nos. Nós pretendíamos apenas 500 milhões de euros, portanto decidimos tomar 700 milhões de euros para olharmos para o futuro com toda a tranquilidade", justificou Oliveira, acrescentando que se trata de um empréstimo com vencimento daqui a quatro anos.

 

Ao empréstimo se junta o financiamento de 500 milhões de euros conseguidos anteriormente junto ao Banco Europeu de Investimento (BEI). No total, disse ele, a Galp tem uma liquidez de 1,7 bilhão de euros, "o que representa uma posição bastante forte".

 

"Dada a fiabilidade da nossa empresa, houve concorrência por parte da banca pelo empréstimo à nossa empresa, pelo que decidimos tomar 700 milhões, portanto acima do que tínhamos pensado", acrescentou.

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