<P>O braço de logística do empresário Eike Batista, a LLX Logística, investirá cerca de R$ 4 bilhões num megaprojeto de infra-estrutura. Apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na semana passada, o projeto prevê a cons-trução de três portos. Dois deles ...
Gazeta MercantilO braço de logística do empresário Eike Batista, a LLX Logística, investirá cerca de R$ 4 bilhões num megaprojeto de infra-estrutura. Apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na semana passada, o projeto prevê a cons-trução de três portos. Dois deles serão erguidos no Rio de Janeiro - um no norte do estado, outro em Itaguaí. O terceiro e maior complexo portuário, com custo estimado de US$ 1,5 bilhão conforme antecipou este jornal, ficará na região da Baixada Santista para aliviar filas de navios e contêineres do Porto de Santos.
Sob sigilo estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o processo de abertura de capital que está em andamento, a LLX não comenta os novos investimentos. Mas na terça-feira, em fato relevante comunicado ao mercado, a empresa informou que celebrou com o Bradesco mandato de financiamento no valor de US$ 750 milhões. Parte dos recursos, cerca de US$ 300 milhões provém de um empréstimo-ponte. O restante deverá vir do BNDES, mas depende de aprovação da diretoria do banco de fomento. Também está prevista a captação de recursos por um pool de bancos. Outros US$ 800 milhões pretendem ser obtidos por meio de venda de ações da companhia. Somados, os recursos deverão fazer frente aos investimentos no País e num projeto para o Chile.
Em entrevista recente à Gazeta Mercantil, Eike Batista revelou a intenção de construir um porto maior que o de Santos - por enquanto o maior da América Latina. A idéia é dar vazão ao grande fluxo de commodities e mercadorias provenientes de estados como São Paulo e Paraná, que hoje demoram a embarcar por falta de infra-estrutura. O projeto deverá ocupar uma área de um milhão de metros quadrados, no município de Peruíbe. O grupo já está negociando a localização do porto com autoridades locais.
O Porto do Açu, em São João da Barra, norte fluminense, movimentará minério de ferro transportados pelos minerodutos da MMX, empresa de mineração do grupo, além de outros produtos como aço, carvão, contêineres, granito, etanol, derivados de petróleo. O terminal de Açu tem o objetivo de escoar a produção da MMX em Minas Gerais.
Em agosto, a empresa de mineração do grupo EBX anunciou que está estudando dobrar a produção do sistema Minas-Rio. A ampliação seria dos atuais 26,6 milhões de toneladas por ano para 53 milhões de toneladas anuais. Batista quer que toda a produção do grupo cresça 85%, para até 74 milhões de toneladas, o que deve incluir ampliações também nas minas do Amapá e na recém-adquirida AVG Mineração, além de aquisições.
Batista quer portos que abriguem embarcações de grande porte, nos moldes do que acontece em Cingapura. Precisamos de superportos que aceitem navios do tipo cape size. Como empresa de mineração, somos também, naturalmente, uma empresa de logística, contou, na ocasião da entrevista.
Fonte: Gazeta Mercantil
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