<P>Apesar da retração no comércio mundial, a Libra Terminais planeja investir R$ 181 milhões em suas instalações no Porto de Santos neste ano. O plano visa manter os terminais preparados para o período seguinte à crise financeira internacional, quando se espera uma retomada no crescimento da...
A Tribuna - SPApesar da retração no comércio mundial, a Libra Terminais planeja investir R$ 181 milhões em suas instalações no Porto de Santos neste ano. O plano visa manter os terminais preparados para o período seguinte à crise financeira internacional, quando se espera uma retomada no crescimento da movimentação de cargas.
Os recursos previstos deverão ser aplicados em novos equipamentos e na melhoria e otimização da logística portuária. Arrendatária dos terminais 35 e 37 do porto, a Libra administra também um recinto especial para despacho aduaneiro de exportação (Redex), o antigo Integral; um pátio ferroviário de contêineres, o Terminal do Valongo (Teval); e a instalação retroportuária Libra Cubatão.
Entre equipamentos, está programada a aquisição de dois novos portêineres (guindastes sobre rodas para a movimentação de contêineres entre o costado e o navio) pelo menos, já que a empresa possui a opção de compra de mais dois. Atualmente, a companhia possui sete aparelhos do gênero em suas instalações.
O plano de investimentos da Libra também prevê a compra de novos RTGs (pórticos de pátio) e empilhadeiras.
No início do ano, o presidente da Libra Terminais, Gustavo Pecly, revelou que, por 2009 ser considerado uma incógnita, em razão da crise financeira internacional, a opção da empresa será realizar os investimentos necessários para ampliar suas operações sem grandes impactos. Uma das razões é a queda de movimentação de contêineres em todo o porto.
MOVIMENTAÇÃO
Se este ano será bom para a Libra realizar seus investimentos, a operação de cargas não deve acompanhar. A expectativa da empresa é que suas instalações cheguem ao mês de dezembro em queda no acumulado de embarques edesembarques.Amovimentação anual deverá ser afetada em cerca de 9%, em função da redução dos fluxos de comércio exterior como um todo, afetando o mercado de Santos também, disse Pecly.
Os resultados negativos que dão o indicativo para o ano já começaram a aparecer. No primeiro bimestre de 2009, os terminais do grupo registraram uma movimentação 21,4% menor do que no mesmo período do ano anterior. Em número absolutos, passaram pelas instalações da empresa 107.122 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em janeiro e fevereiro últimos. Nos mesmos meses de 2008, foram 136.401 TEUs (29.279 TEUs a mais).
A crise não atingiu apenas a movimentação de cargas da Libra. Em todo o porto, a queda foi da ordem de 27,5% em janeiro último período contabilizado pela Codesp. No total, 151.187 TEUs foram operados no complexo, contra 208.698 TEUs do mesmo mês no ano passado.
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