Pré-sal

Libra deverá escoar 1º carga de petróleo em outubro, diz presidente da PPSA

Reuters, 31/05/2017
31/05/2017 21:07
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O promissor prospecto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, deverá escoar a sua primeira carga de petróleo em outubro, cinco anos após a sua licitação, segundo cálculos da estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), responsável por representar os interesses do governo federal nos contratos de Partilha de Produção.

Em entrevista à Reuters, o presidente da PPSA, Ibsen Flores, afirmou nesta quarta-feira que a estimativa é que uma plataforma do tipo FPSO armazene uma produção total de 700 mil barris entre julho e outubro deste ano.

A unidade de extração, afretada pelo consórcio de Libra, liderado pela Petrobras, já está no local e será utilizada para o programa de Testes de Longa Duração (TLD). A primeira plataforma definitiva para a produção em Libra está prevista apenas para 2020.

"Libra vai começar a produzir a partir de julho, mas a produção começa em uma fase muito preliminar, produção pequena, e tem que encher um FPSO... em outubro deverá ser o primeiro escoamento desse óleo", disse Flores.

O consórcio de Libra é formado pela Petrobras (operadora, com 40 por cento), a francesa Total (20 por cento), a anglo-holandesa Shell (20 por cento) e as chinesas CNPC (10 por cento) e CNOOC (10 por cento).

O escoamento será um importante marco para a indústria brasileira, já que o governo considera que Libra --cujo projeto está cumprindo o cronograma mesmo após a queda dos preços do petróleo nos últimos anos-- contenha a maior reserva de petróleo do país e uma das maiores do mundo.

Além disso, sua produção irá gerar receitas para a União, que têm direito a uma parcela de todo o petróleo produzido no polígono do pré-sal, sob o regime de Partilha.

Comercialização do pré-sal 

A PPSA planeja iniciar a comercialização do óleo e do gás da União, extraídos do pré-sal, em setembro, conforme a Reuters adiantou em março.

Será a primeira vez na história do Brasil que o governo irá comercializar petróleo. Os recursos adquiridos a partir da venda dos produtos serão depositados diretamente na conta do Tesouro Nacional.

A lei, no entanto, exige que a PPSA contrate um agente comercializador para executar a tarefa. Em um primeiro momento, a estatal planeja contratar diretamente a Petrobras, cujas negociações já tiveram início. A ideia, segundo Flores, será que o contrato fique em vigor até o fim do ano que vem.

"A partir do fim de setembro e início de outubro a gente já terá petróleo para comercializar... nessa fase preliminar nós estamos fazendo uma negociação com a Petrobras, a lei faculta que a gente faça uma contratação direta", declarou.

Para um segundo momento, entretanto, a estatal do pré-sal vai lançar no segundo semestre uma licitação para contratar um agente comercializador, após consulta às principais empresas do setor.

Empresas internacionais que não atuem no país poderão participar desde que se estabeleçam no Brasil. O futuro agente deverá iniciar suas operações no segundo semestre de 2018, para um contrato com vigência prevista de três anos.

Para Flores, certamente a Petrobras também irá participar da licitação no segundo semestre.

Na semana passada, o gerente-executivo de comercialização e marketing da Petrobras, Guilherme França, afirmou em um evento no Rio que a área de comercialização da empresa passou por recentes reformulações e que no segundo semestre deste ano e em 2018 planeja incrementar a sua atuação.

Volumes da União

Apenas neste ano, Flores revelou à Reuters que deverão ocorrer vendas de duas cargas de petróleo da União, cada uma com 500 mil barris. Em seu orçamento, o governo calcula receber 768 milhões de reais advindos da venda de petróleo.

Parte importante do petróleo que será pago à União neste ano será extraído da área de Libra, com produção estimada em 30 mil barris de petróleo por dia, segundo Flores.

Do volume produzido no Teste de Longa Duração, o governo deverá receber cerca de 12 mil barris/dia.

A expectativa é que o prospecto de Libra seja declarado comercial ainda neste ano, cumprindo o prazo previsto em contrato, e o volume apropriado pelo governo irá cair, em função dos custos que passam a ser descontados.

O governo também tem direito, atualmente, a uma parcela da produção de Acordos de Individualização da Produção dentro do polígono do pré-sal.

Inicialmente, além de Libra, será comercializado o petróleo dos campos de Lula e Sapinhoá, dois dos maiores campos em produção no Brasil, e Tartaruga Verde, cuja produção comercial está prevista para o quarto trimestre deste ano.

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