Reuters, 11/07/2017
Autoridades da Líbia e da Nigéria podem participar de uma reunião conjunta entre países-membros e não membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no fim deste mês, em um momento em que produtores de petróleo buscam maneiras de limitar o aumento da produção para sustentar os preços da commodity.
Ambos os países têm elevado a produção desde que foram excluídos de um acordo liderado pela Opep para reduzir a oferta, o que pesa sobre os preços globais. A situação levou a mais conversas entre os produtores para incluí-los no pacto.
"Falamos com o (secretário geral da Opep, Mohamad) Barkindo e nas próximas semanas acontecerão conversas com eles (Líbia e Nigéria) e possivelmente vamos convidá-los para nossa reunião técnica", disse a jornalistas o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, nos bastidores de um evento do setor em Istambul.
Seis ministros de países membros e não membros da Opep, incluindo Kuweit, Venezuela, Argélia, Arábia Saudita, Rússia e Omã se encontrarão em 24 de julho em São Petersburgo, na Rússia, para discutir a atual situação do mercado de petróleo.
O ministro do petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, foi convidado para a reunião, mas não irá participar devido a outro compromisso, disse a repórteres o Ministro de Petróleo do Kuweit, Essam al-Marzouq, que esteve no mesmo evento em Istambul.
Em vez disso, o grupo provavelmente pedirá a um comitê técnico que encontre representantes nigerianos e libaneses para discutir seus planos de produção. O comitê, que envolve os seis países membros e os não membros da Opep, deve se reunir antes de os ministros realizarem suas conversas.
"Nós estendemos o convite, mas infelizmente o ministro do Petróleo da Nigéria tem um compromisso prévio", disse o ministro do Kuweit. "Nós não falamos sobre um teto. Pelo menos conseguimos falar sobre planos de produção agora", acrescentou ele.
O painel de monitoramento, o chamado Comitê de Monitoramento Conjunto Interministerial, liderado pelo Kuweit, pode recomendar a expansão do pacto na reunião de um grupo mais amplo, que tem sua próxima reunião em novembro.
Nigéria e Líbia inicialmente ficaram de fora dos cortes de oferta acertados entre a Opep e outros países como a Rússia porque tiveram a produção limitada nos últimos anos devido a conflitos.
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