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Leme Engenharia estuda adquirir empresa de consultoria em portos

Com forte atuação no setor de energia, a Leme Engenharia, empresa de consultoria do grupo franco-belga GDF Suez, estuda a aquisição de alguma firma especializada em estudos ambientais e de projetos básicos na área de portos e hidrovias. O objetivo é a

Valor Econômico
18/01/2013 10:40
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Com forte atuação no setor de energia, a Leme Engenharia, empresa de consultoria do grupo franco-belga GDF Suez, estuda a aquisição de alguma firma especializada em estudos ambientais e de projetos básicos na área de portos e hidrovias. O objetivo é ampliar a atuação nesse setor, de carona nos planos do governo para o segmento, já que o ritmo de encomendas no setor hidrelétrico está em queda, devido ao impasse ambiental e ao impacto negativo no caixa das grandes elétricas, causado pela renovação das concessões.

A Leme venceu, no fim de 2012, a licitação para realizar os projetos básico e executivo e um estudo de viabilidade técnico-econômico e ambiental na hidrovia do São Francisco. O contrato, de R$ 8,2 milhões, que deve ser assinado até fevereiro, é o segundo do tipo da empresa, que também fará estudos para a hidrovia no rio Madeira.

"Há um futuro grande para o segmento de negócios de portos e hidrovias no país", explica ao 'Valor' o presidente da Leme Engenharia, Flavio Campos.

A área de portos e hidrovias faz parte do setor de infraestrutura, que representa 15% do faturamento da Leme Engenharia, de R$ 230 milhões em 2012, com alta de 25% em relação ao ano anterior. A expectativa é que a área responda por 20% da receita até o fim de 2013. Hoje, 85% do faturamento da companhia ainda vem do setor de energia, sobretudo com estudos de hidrelétricas e térmicas.

Outra área que ganha espaço na companhia é o de edificações especiais. Entre os trabalhos realizados pela Leme, estão estudos para a construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, sede oficial do governo estadual, e para a reforma do estádio do Mineirão, que abrigará jogos da Copa em 2014.

A baixa demanda no Brasil por projetos hidrelétricos, que são os que garantem a maior receita para a empresa, também leva a Leme a ampliar atuação no restante da América Latina, onde o mercado para estudos de engenharia e projetos básicos de usinas está mais aquecido. Os principais mercados são Panamá, Chile e Peru.

O Brasil responde hoje por 85% dos negócios da Leme Engenharia, que, no restante da América Latina, atende pelo nome de Tractebel Engineering. Segundo Campos, a meta da companhia é ampliar a atuação fora do Brasil de 15% para 30% até 2015.

Apesar da fraca demanda no setor de geração, a área de transmissão de energia continua aquecida no país, explica o executivo. A Leme desenvolve estudos desde a definição do traçado de linhas de transmissão até a escolha do tipo das torres que é utilizado nos empreendimentos.

Responsável pelo primeiro estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima) de uma hidrelétrica no país (da usina de Santo Antônio do Jari, em 1987), a Leme possui hoje 150 contratos em andamento. Entre os mais importantes estão os estudos ambientais físico bióticos da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, que terá 11.233 MW, e estudos do complexo hidrelétrico do rio Tapajós, que deve ser licitado entre 2013 e 2014.

Apesar de os estudos ambientais e de consultoria das obras terem um peso pequeno no valor total dos empreendimentos (entre 1% a 3%, em média), o presidente da Leme ressalta que "um bom projeto básico ajuda a reduzir custos e otimizar a obra no futuro". Ele cita como exemplo a sugestão dada pela empresa de alterar em 9 quilômetros o eixo da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. A mudança proporcionou uma redução em R$ 1 bilhão no custo total da obra e deu a vitória ao consórcio GDF Suez, Eletrosul e Chesf.
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