Reuters, 10/10/2019
O governo brasileiro arrecadou 8,9 bilhões de reais em leilão de blocos exploratórios de petróleo e gás nesta quinta-feira, com um total de 12 blocos arrematados por dez empresas, incluindo a francesa Total , que liderou o consórcio que bateu grupo integrado pela Petrobras ao ofertar uma combinação de bônus e programa exploratório por área na Bacia de Campos.
O bônus de assinatura arrecadado no leilão foi mais que o dobro do mínimo de 3,2 bilhões de reais previsto para todas as 36 áreas ofertadas, embora apenas tenham sido negociados blocos das bacias de Campos e Santos, enquanto não houve ofertas por outras três bacias de menor potencial conhecido.
Com essa arrecadação em bônus, recorde para leilões em regime de concessão, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disseram que o certame superou todas as expectativas.
“O resultado... demonstra que a política para o setor está no caminho e no rumo certo e abre novas perspectivas para os leilões que ainda ocorrerão”, disse o ministro, que mais cedo afirmou que os leilões deverão colocar o Brasil entre os cinco maiores produtores de petróleo.
Um consórcio sob operação da Total (com participação de 40%), em parceria com a QPI (40%), do Catar, e a Petronas (20%), da Malásia, arrematou o bloco C-M-541 (Bacia de Campos) com bônus de 4,029 bilhões de reais, segundo informações da reguladora ANP.
“Isso está alinhado à nossa estratégia de continuar construindo nossas posições de operador nas profundezas do mar do Brasil, onde podemos agregar valor graças às nossas competências em águas profundas”, disse em nota o CEO global da Total, Patrick Pouyanné.
Um consórcio sob a liderança da Petrobras, em parceria com a norueguesa Equinor, chegou a ofertar um bônus de assinatura maior pelo principal bloco da rodada, mas a oferta foi vencida pelo outro critério do leilão, que considera investimentos no programa exploratório mínimo.
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