Outros 18% consideram o conceito importante, mas ainda não o implementaram
Redação TN Petróleo/AssessoriaUm estudo da KPMG apontou que 65% dos líderes dos conselhos das empresas brasileiras pesquisadas indicaram que há uma integração em andamento das estratégias de negócio com as questões sociais, ambientais e éticas, resumidas em ESG (da sigla em inglês para meio ambiente, social e governança). Deste total, 41% disseram que tais ações foram implementadas parcialmente, seguindo um planejamento de médio e longo prazos, e 24% ainda não possuem uma definição para a conclusão do processo. Essas foram as principais conclusões do estudo realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) com mais de duzentos executivos.
Ainda segundo o relatório, apenas 16% dos entrevistados afirmaram que a agenda ESG já foi integrada de forma completa, inclusive com a remuneração do conselho de administração atrelada a métricas relacionadas ao tópico. Por outro lado, 18% responderam que o assunto consta na pauta da administração, mas sem previsão para ser aplicado, enquanto 1% dos entrevistados indicaram não ter planos neste sentido.
"Há uma demanda crescente do mercado e da sociedade por demonstrações de impactos ambientais e sociais, assim como por transparência nas ações corporativas que são relevantes para toda a sociedade. A forma como a liderança lida com estes temas se tornou uma forma de avaliação da habilidade dessa liderança de levar a empresa ao sucesso no novo contexto dos negócios.", destaca a sócia-líder de consultoria em ESG da KPMG, Nelmara Arbex.
O estudo também questionou os executivos sobre o principal desafio para a criação de um conselho de administração de alta performance que esteja totalmente inserido em um ambiente de disrupção. Enquanto 36% dos líderes indicaram que o maior gargalo é garantir uma equipe com maior diversidade, outros 29% apontaram ruídos no alinhamento das expectativas dos acionistas, equilibrando lucratividade com geração de impacto positivo. Para 18% dos empresários, a dificuldade está atrelada justamente aos riscos de disrupção do modelo de negócios e à velocidade das mudanças tecnológicas. Por fim, 17% consideram que a questão mais difícil é alinhar a composição do conselho de administração com a estratégia da empresa para os próximos anos.
Neste cenário de transformação na estratégia das empresas, a pesquisa identificou que 85% dos entrevistados consideram fundamental a criação de um comitê de tecnologia e inovação para assessorar os Conselhos na incorporação da agenda ESG. A utilização de consultorias terceirizadas é defendida por 7%, enquanto a contratação de um conselheiro especialista no tema é a preferida de 6% dos líderes. Apenas 2% sugerem utilizar informações das áreas mencionadas para guiar as ações.
"O levantamento demonstrou a consolidação da mentalidade entre os empresários que uma estrutura adequada de governança contribui para a definição de estratégias cada vez mais eficientes e em consonância com diferenciais competitivos, como a utilização massiva de novas tecnologias", resume o sócio-líder de Governança Corporativa da KPMG, Sebastian Soares.
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