Os grandes desafios do Brasil nos próximos anos serão o de dar escala à sua indústria petrolífera e encontrar profissionais qualificados para atender a toda a demanda. De acordo com o coordenador executivo do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), José Renato Ferreira de Almeida, a Petrobras gerou 200 mil postos de trabalho no ano passado, contra 192 mil de 2008, e trabalha com a expectativa de criar aproximadamente 300 mil em 2013. “Isso sem contar a indústria de bens e serviços”, afirmou.
Em palestra para cerca de 200 estudantes do programa Descobrindo o Profissional do Futuro, na Rio Oil & Gas, José Renato fez um histórico do Prominp, criado pelo governo federal em 2003 com o objetivo de maximizar a participação da indústria nacional de bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis, na implantação de projetos de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior.
De acordo com Renato, o Prominp vem focando suas ações no apoio ao desenvolvimento e implantação de tecnologias de base em toda a cadeia de fornecimento. “O objetivo é contribuir para o aumento da competitividade da indústria nacional a partir da obtenção de ganhos de produtividade, redução de prazos e custos e do aumento da capacidade produtiva”, disse ao ressaltar que, para vencer todos esses desafios, o Prominp está trabalhando na estruturação do Plano de Desenvolvimento Tecnológico Industrial, o “Prominp Tecnológico”.
“Desde 2003, o programa de investimentos do setor tem sido sucessivamente ampliado, especialmente após a descoberta das reservas do pré-sal, e pulou de US$ 35 bilhões no período 2003-2007 para US$ 190 bilhões no período 2009-2013, apenas no Brasil. Ou seja, o desafio atual da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços para o setor de petróleo e gás natural é quase seis vezes maior do que no início do Programa”, avaliou.
Até o final de 2010, o Prominp terá qualificado 78 mil pessoas, em 15 estados do país. Além destes profissionais, foi identificada a necessidade de qualificação de mais 207 mil pessoas até 2013, em 185 categorias profissionais e 13 estados, com previsão de recursos adicionais de R$ 550 milhões.