<P>A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) deve lançar dentro de 35 dias o edital de concorrência pública para o arrendamento de áreas a empresas interessadas em investir no Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que deve ser construído no Porto do Itaqui, em São Luís. O ...
Gazeta MercantilA Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) deve lançar dentro de 35 dias o edital de concorrência pública para o arrendamento de áreas a empresas interessadas em investir no Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que deve ser construído no Porto do Itaqui, em São Luís. O primeiro lote a ser licitado possui uma área de 25,2 mil metros quadrados, destinada à construção de silos para armazenagem de soja e farelo de soja.
Orçado em aproximadamente R$ 80 milhões - entre investimentos públicos e privados -, o Tegram vai ser implantado em duas etapas. As obras devem ser iniciadas ainda no primeiro semestre e o terminal deve entrar em operação a partir de início de 2008. Queremos já em 2008 exportar parte da safra de soja de 2007, afirma o presidente da Emap, João Castelo.
O projeto, idealizado há três anos, dependia da aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq), o que ocorreu no último dia 3. O Tegram visa atender o escoamento da safra de grãos do Corredor de Exportação Norte, que abrange os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, além do sul do Pará.
Compõem o terminal de grãos as estruturas de armazenamento e de embarque realizado pelo berço 103 do Itaqui. A Emap, administradora do porto, vai investir cerca de R$ 30 milhões em máquinas e equipamentos na estruturação do cais, que vai ganhar uma esteira com capacidade para movimentar até duas mil toneladas por hora e um carregador de navio.
De acordo com o projeto, a primeira etapa prevê a construção de cinco silos verticais com capacidade estática para armazenar até 112 mil toneladas. A iniciativa privada vai ser responsável pela estrutura de armazenamento. Temos muitas empresas interessadas em investir no Tegram, afirma Castelo, destacando que a Emap vai ficar responsável pelo investimento no cais para que não haja monopólio na operação.
Só na primeira etapa o Tegram vai contar com capacidade para armazenar aproximadamente 800 mil toneladas de grãos anuais e movimentar até três milhões de toneladas por ano. Para a segunda etapa, a capacidade de armazenamento vai saltar para 1,8 milhão de toneladas anuais e a de movimentação para 6,5 milhões de toneladas por ano. O projeto ocupa uma área de 145.511 metros quadrados.
Com o terminal de grãos, aliado ao sistema de transporte multimodal, que envolve porto, ferrovias e estradas, o Itaqui tem todas as condições de tornar-se um grande canal de escoamento da produção das regiões central e Norte/Nordeste do País.
Em vista da demanda crescente da produção agrícola do Corredor de Exportação Norte, o surgimento de gargalos para o escoamento tem sido uma preocupação dos empresários do agronegócio ligados à soja.
O Tegram é mais uma opção de escoamento da safra no complexo portuário de São Luís. Atualmente, o embarque é feito pelo píer 5 do Itaqui, arrendado à Cia. Vale do Rio Doce (CVRD). A previsão para este ano é que sejam escoados dois milhões de toneladas de soja e farelo pelo píer 5, de acordo com a Vale.
Indicadores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma projeção de 7,5 milhões de toneladas a serem produzidas na área vinculada aos portos maranhenses até 2010.
Fonte: Gazeta Mercantil
Fale Conosco
22