Eletricidade

Itaipu quer romper a barreira dos 100 milhões de MWh em 2012

Responsável pelo recorde mundial de geração de energia em 2008, com a produção de 94,6 milhões de MWh, a usina hidrelétrica de Itaipu começa 2012 com a meta de superar, nos próximos anos, a barreira dos 100 milhões de MWh. A projeção leva em consideração o prognóstico dos últimos ano

Redação
17/01/2012 10:53
Itaipu quer romper a barreira dos 100 milhões de MWh em 2012 Visualizações: 345
Responsável pelo recorde mundial de geração de energia em 2008, com a produção de 94,6 milhões de MWh, a usina hidrelétrica de Itaipu começa 2012 com uma meta audaciosa: superar a marca histórica e romper, nos próximos anos, a barreira dos 100 milhões de MWh. “É uma meta e um desafio, que nós começamos neste ano. Não vamos sossegar até atingir essa marca”, declarou o diretor-geral brasileiro da binacional, Jorge Samek, que acumula o cargo de diretor técnico executivo da usina.

A projeção leva em consideração o prognóstico dos últimos anos e um conjunto de fatores imprescindíveis para o desempenho operacional da usina: condições hidrológicas favoráveis; unidades geradoras operando em plena capacidade; quantidade adequada de linhas de transmissão; e necessidade crescente de consumo de energia elétrica.

“Esses quatro fatores são fundamentais para poder extrair o máximo de capacidade de uma unidade instalada. Além disso, Itaipu, com 28 anos de geração, tem uma experiência extraordinária, da qual podemos tirar proveito”, salientou o diretor-geral.

Samek pontuou cada um dos fatores para mostrar que o cenário atual é positivo. Como no ano passado, São Pedro ajudou e 2012 começou com o melhor nível de reservatório dos últimos cinco anos. A entrada em operação das duas últimas unidades geradoras - a 9A e a 18A, em 2007 - e a qualidade reconhecida da manutenção indicam que não haverá problema de disponibilidade das máquinas.

O diretor-geral também não vê no horizonte problemas de demanda. “O Paraguai foi o país que mais cresceu na América Latina nos últimos dois anos e o crescimento do Brasil é vigoroso, nossa economia está muito forte. Qualquer ponto de crescimento do Brasil hoje envolve bilhões de reais. Então será necessária muita energia para manter esse nível de crescimento”, apontou.


Transmissão

O quarto fator, que segurou a geração no ano passado, começa 2012 com nova perspectiva. “Nós tínhamos um problema de transmissão, tanto no Paraguai como no Brasil. E a solução desse problema está em curso”, disse Samek, citando a construção da linha de 500 kV ligando Itaipu a Assunção; o reforço de linha que Furnas fez nas subestações de Manoel Ribas (mais conhecida como Ivaiporã) e, principalmente, Itaberá; e a entrada em operação de uma linha da Copel, também de 500 kV, entre Foz do Iguaçu e Cascavel.

“Vamos ter água, há investimentos em transmissão, nossa geração está com plena capacidade e o consumo continua aquecido. Por isso, nossos técnicos, do Brasil e do Paraguai, vislumbram chegar aos próximos anos com a geração de 100 milhões de MWh”, reforçou o diretor-geral.

Aos quatro fatores, Samek soma outros dois que podem contribuir para a ampliação da capacidade de geração de Itaipu. O primeiro é a revisão dos procedimentos de manutenção. A ideia é elevar a disponibilidade das máquinas, sem comprometer o grau de confiabilidade.

Outra revisão prevista é no Acordo Tripartite, entre Brasil, Paraguai e Argentina, que limita a operação de Itaipu com no máximo 18 unidades simultâneas. As negociações já estão em curso e envolvem o Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com Samek, “em alguns momentos específicos, estando com água em excesso e máquina disponível, poderemos operar com 19 ou 20 máquinas. Essa restrição [atual] não faz sentido porque essa mesma água vai passar pelo vertedouro. Então sair pelo vertedouro ou pela turbina não muda em nada a jusante da usina”, comentou.

Ainda segundo ele, as restrições do acordo tripartite foram adotadas na época da construção da usina porque ainda não se tinha conhecimento seguro, por exemplo, do impacto da barragem na navegabilidade do Rio Paraná. “Foram tomados todos esses cuidados dentro do instituto da precaução. Mas hoje, com todos esses anos de operação, está mais do que comprovado que não há prejuízo”, defendeu.
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