Indústria investe em tecnologias e em pesquisa e desenvolvimento para reduzir as emissões e ainda garantir segurança do abastecimento
Redação TN Petróleo/Assessoria IBPA transição energética vai ser financiada pela indústria de óleo e gás, de acordo com o vice-presidente de Inovação e Novos Negócios da Ocyan, Rodrigo Lemos. A opinião do executivo é que, para isso, o setor deve investir numa produção sustentável, com baixa emissão de gases de efeito estufa.
"O investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), em tecnologia e inovações é fundamental para que isso aconteça", disse Mendes, durante o evento 'Diálogos da Rio Oil & Gas - o futuro da indústria (Inovação e Tecnologia)', promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) em parceria com a agência de notícias Epbr, nesta quinta-feira (2/6).
Diretora-executiva Corporativa do IBP e moderadora do evento, Fernanda Delgado (foto) ressaltou que o petróleo brasileiro possui a característica de ser menos carbonizado e, por isso, tem seu lugar garantido no mercado mundial.
"Um futuro descarbonizado, na verdade, não é um futuro sem hidrocarbonetos. Isso tem que ficar cada vez mais claro. Essa crise energética que o mundo vem passando, desde antes da guerra na Ucrânia, já demonstrou que quanto mais plural for a matriz energética de todos os países melhor", destacou Delgado.
Já o vice-presidente global de Subsea Products & Project Engineering da Aker Solutions, Reinaldo Mendes, argumentou que as empresas de maior porte ocupam papel de destaque no desenvolvimento de uma indústria de óleo e gás mais sustentável.
"Todas as empresas que estão no topo da cadeia são responsáveis por começar a disseminar os compromissos de sustentabilidade. Assim, os fornecedores têm que ir junto. Dessa forma, conseguiremos que toda cadeia se alinhe aos critérios ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês)", disse o executivo da Aker.
Ele acrescentou ainda que, diante das restrições de recurso, uma das soluções para a indústria petrolífera vencer esse entrave é por meio da formação de parcerias, inclusive entre companhias concorrentes. Em sua opinião, as parcerias podem completar lacunas e mitigar riscos.
Outro desafio da indústria de óleo e gás no atual cenário, além das limitações de financiamento, é o fato de os projetos de P&D do setor demandarem investimentos e tempo de maturação maior do que o da média da indústria. De acordo com Mendes, da Aker, isso dificulta a atração de empreendedores e startups.
Os participantes do 'Diálogos da Rio Oil & Gas' concordaram que é preciso atrair talentos para a área de óleo e gás para que seja possível fazer a transição de forma segura. Delgado salientou ainda que a participação de startups no setor é fundamental para transformar o modelo mental dos tomadores de decisão. "A gente precisa buscar respostas nas composições mais diversas e as startups combinam com isso", afirmou.
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