Negócios

Innova, da Petrobras, é alvo de aquisição de grupos concorrentes

Petroquímica está avaliada em cerca de US$ 400 milhões.

Valor Econômico
18/12/2012 13:44
Visualizações: 336 (0) (0) (0) (0)

 

A petroquímica Innova, controlada pela Petrobras, virou alvo de disputa de pelo menos quatro empresas, três delas concorrentes diretas. Incluída no pacote de desinvestimentos da estatal, a companhia está avaliada em cerca de US$ 400 milhões, apurou o "Valor".
Instalada em Triunfo (RS), a empresa produz estireno, poliestireno e etilbenzeno, matérias-primas da borracha sintética, de resinas acrílicas e da resina poliéster, utilizadas na fabricação de copos descartáveis, tintas, isopor, pneus, embalagens e papel, por exemplo.
Essa unidade é considerada estratégica porque o Brasil é importador de estireno. A produção nacional desse insumo gira em torno de 600 mil toneladas por ano e o país importa cerca de 200 mil toneladas. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto.
No Brasil, a Innova concorre diretamente com a Unigel, que tem a maior capacidade de produção de estireno do país, e indiretamente com o grupo nacional Videolar, do empresário Lírio Parisotto. A empresa de Parisotto é apontada como a "compradora natural" da Innova, segundo fontes de mercado. A Videolar, instalada em Manaus, importa cerca de 150 mil toneladas por ano de estireno. Ao "Valor", o empresário não quis comentar se estava no páreo pela Innova.
A Videolar produz poliestireno, que é usado na produção de embalagens de CDs e DVDs, prateleiras de geladeiras e copos descartáveis. A compra da Innova complementaria negócios do grupo.
A Unigel, com duas fábricas de estireno no país, já esteve interessada em adquirir a Innova, mas por estar com saúde financeira delicada, a aquisição de um novo ativo está descartada neste momento, afirmou Henri Slezynger, presidente do grupo. No passado, a Unigel e a estatal chegaram a cogitar uma associação, mas o negócio não foi levado adiante, apurou o "Valor".
Também foram apontadas como interessadas a Elekeiroz, empresa controlada pela holding Itaúsa; a petroquímica francesa Total e a Styrolution. Procuradas, a Total e Styrolution, joint venture entre a Basf e a Ineos, com sede na Alemanha, não retornaram os pedidos de entrevista.
Ao "Valor", o presidente da Elekeiroz, Marcos De Marchi, disse que não está em negociação com a Petrobras, mas afirmou que a companhia não está fechada a oportunidades que surgirem no mercado. No ano passado, a Elekeiroz perdeu o páreo para a Basf para produzir ácido acrílico na Bahia e estaria procurando uma nova divisão de negócios para fazer investimentos, segundo fontes de mercado. De Marchi afirmou que a companhia contratou um executivo da área petroquímica para pesquisa e desenvolvimento (P&D), com objetivo de prospectar novos produtos nos quais a companhia já atua.
A Innova foi adquirida pela Petrobras Argentina, em 2000, junto com a compra da Perez Companc. Em abril do ano passado, a matriz da estatal no Brasil adquiriu os ativos da Innova por cerca de US$ 330 milhões.
A empresa controlada pela estatal tem capacidade para produzir 250 mil toneladas de estireno por ano e recebeu investimentos ao longo dos últimos meses para poder dobrar sua produção. O projeto de expansão ainda não foi concluído.
Cerca de 30% do estireno (transformado em poliestireno) é absorvido pelas indústrias de descartáveis (copos) e as indústrias de linha branca consomem outros 20%. As indústrias de embalagem de alimentos absorvem 15% e o restante é destinado às indústrias de eletroeletrônicos e automobilística.
O setor químico e petroquímico brasileiro vive um momento de baixa competitividade. As poucas aquisições e investimentos anunciados este ano são pontuais, uma vez que o cenário de desaceleração da global e a importação de transformados plásticos no país inibem os projetos de expansão das companhias instaladas no país.

A petroquímica Innova, controlada pela Petrobras, virou alvo de disputa de pelo menos quatro empresas, três delas concorrentes diretas. Incluída no pacote de desinvestimentos da estatal, a companhia está avaliada em cerca de US$ 400 milhões, apurou o "Valor".


Instalada em Triunfo (RS), a empresa produz estireno, poliestireno e etilbenzeno, matérias-primas da borracha sintética, de resinas acrílicas e da resina poliéster, utilizadas na fabricação de copos descartáveis, tintas, isopor, pneus, embalagens e papel, por exemplo.


Essa unidade é considerada estratégica porque o Brasil é importador de estireno. A produção nacional desse insumo gira em torno de 600 mil toneladas por ano e o país importa cerca de 200 mil toneladas. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto.


No Brasil, a Innova concorre diretamente com a Unigel, que tem a maior capacidade de produção de estireno do país, e indiretamente com o grupo nacional Videolar, do empresário Lírio Parisotto. A empresa de Parisotto é apontada como a "compradora natural" da Innova, segundo fontes de mercado. A Videolar, instalada em Manaus, importa cerca de 150 mil toneladas por ano de estireno. Ao "Valor", o empresário não quis comentar se estava no páreo pela Innova.


A Videolar produz poliestireno, que é usado na produção de embalagens de CDs e DVDs, prateleiras de geladeiras e copos descartáveis. A compra da Innova complementaria negócios do grupo.


A Unigel, com duas fábricas de estireno no país, já esteve interessada em adquirir a Innova, mas por estar com saúde financeira delicada, a aquisição de um novo ativo está descartada neste momento, afirmou Henri Slezynger, presidente do grupo. No passado, a Unigel e a estatal chegaram a cogitar uma associação, mas o negócio não foi levado adiante, apurou o "Valor".


Também foram apontadas como interessadas a Elekeiroz, empresa controlada pela holding Itaúsa; a petroquímica francesa Total e a Styrolution. Procuradas, a Total e Styrolution, joint venture entre a Basf e a Ineos, com sede na Alemanha, não retornaram os pedidos de entrevista.


Ao "Valor", o presidente da Elekeiroz, Marcos De Marchi, disse que não está em negociação com a Petrobras, mas afirmou que a companhia não está fechada a oportunidades que surgirem no mercado. No ano passado, a Elekeiroz perdeu o páreo para a Basf para produzir ácido acrílico na Bahia e estaria procurando uma nova divisão de negócios para fazer investimentos, segundo fontes de mercado. De Marchi afirmou que a companhia contratou um executivo da área petroquímica para pesquisa e desenvolvimento (P&D), com objetivo de prospectar novos produtos nos quais a companhia já atua.


A Innova foi adquirida pela Petrobras Argentina, em 2000, junto com a compra da Perez Companc. Em abril do ano passado, a matriz da estatal no Brasil adquiriu os ativos da Innova por cerca de US$ 330 milhões.


A empresa controlada pela estatal tem capacidade para produzir 250 mil toneladas de estireno por ano e recebeu investimentos ao longo dos últimos meses para poder dobrar sua produção. O projeto de expansão ainda não foi concluído.


Cerca de 30% do estireno (transformado em poliestireno) é absorvido pelas indústrias de descartáveis (copos) e as indústrias de linha branca consomem outros 20%. As indústrias de embalagem de alimentos absorvem 15% e o restante é destinado às indústrias de eletroeletrônicos e automobilística.


O setor químico e petroquímico brasileiro vive um momento de baixa competitividade. As poucas aquisições e investimentos anunciados este ano são pontuais, uma vez que o cenário de desaceleração da global e a importação de transformados plásticos no país inibem os projetos de expansão das companhias instaladas no país.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Elétrica
ENGIE é vencedora de principal lote do leilão de transmi...
27/09/24
ROG.e 2024
O livro "A História da Inovação no Brasil", é lançado du...
27/09/24
ROG.e 2024
ANP debate segurança operacional no E&P durante a ROG.e
27/09/24
ROG.e 2024
Abertura do mercado de gás avança com mais agentes e pre...
27/09/24
ROG.e 2024
Durante o encerramento da ROG.e, Petrobras reafirma o co...
27/09/24
Etanol
ORPLANA atualiza impacto dos incêndios para 414 mil hect...
27/09/24
Negócio
Por US$ 1.915 bilhão, a PRIO fica com 40% do Campo de Pe...
27/09/24
ROG.e 2024
TPAR - Terminal Portuário de Angra dos Reis, presente na...
26/09/24
ROG.e 2024
Presença da Tenenge na ROG.e 2024 marca o retorno das gr...
26/09/24
ROG.e 2024
Foresea economiza quase R$ 1 milhão por ano com digitali...
26/09/24
Acordo
Petrobras assina memorando de entendimento com YPF da Ar...
26/09/24
ROG.e 2024
Em evento da Firjan CIRJ, Magda Chambriard da Petrobras ...
26/09/24
ROG.e 2024
Infotec Brasil encerra participação na ROG.e com foco em...
26/09/24
ROG.e 2024
Esforços das empresas para reduzir emissões têm destaque...
26/09/24
SPE Brazil FPSO Symposium
Descarbonização já embarcou nos FPSOs
26/09/24
ROG.e 2024
Grupo BR MED leva imersão em Saúde Corporativa para a RO...
26/09/24
ROG.e 2024
Em evento Firjan CIRJ, presidente da Petrobras diz que t...
26/09/24
ROG.e 2024
Setor de óleo e gás impulsiona transição energética
26/09/24
ROG.e 2024
Ocyan e EloGroup lançam Nexio, plataforma de soluções di...
26/09/24
ROG.e 2024
Ambflex participa da ROG-E 2024 e apresenta soluções ino...
25/09/24
ROG.e 2024
Esforços das empresas para reduzir emissões têm destaque...
25/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20