Expansão

Indústria de tintas comemora crescimento em 2007

Favorecido pelo bom desempenho dos principais indicadores econômicos; pela produção recorde da indústria automobilística e pelo aquecimento do mercado imobiliário, o setor de tintas e vernizes tem motivos para comemorar.

Da Redação
22/01/2008 13:58
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Favorecido pelo bom desempenho dos principais indicadores econômicos; pela produção recorde da indústria automobilística e pelo aquecimento do mercado imobiliário, o setor de tintas e vernizes tem motivos para comemorar. De acordo com as projeções do Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo) as vendas destes insumos deverão crescer em torno de 6% em 2007, em comparação ao ano anterior.

Com este crescimento, que ficou acima das previsões iniciais – de 4,2% – o faturamento do setor deverá chegar ao patamar dos US$ 2,75 bilhões, elevando o consumo de 330 milhões de galões de tintas (registrados em 2006) para 350 milhões, ou quase 1,3 bilhão de litros de tintas e vernizes. Mais do que números positivos (e não observados há muitos anos) o desempenho é animador porque aponta para uma tendência de crescimento sustentado para os próximos anos.

Entretanto, cabe ressaltar que as expectativas favoráveis dependem de uma série de fatores conjunturais para se concretizar. Entre eles, decisões político-econômicas, como as reformas estruturais das áreas fiscal, tributária, política e da previdência; equilíbrio da taxa de câmbio e redução das taxas de juros. Outro fator que preocupa o segmento de tintas e vernizes são os consecutivos aumentos de matérias-primas, muitas delas derivadas do petróleo, além da escassez já identificada em alguns itens.


Retomada do crescimento
“De qualquer forma, um crescimento em torno de 6% é muito significativo, pois na última década vínhamos registrando um desempenho aquém do desejado e do potencial que temos. Podemos dizer que, em 2007, o setor começou a retomar o caminho do crescimento, puxado principalmente pela construção civil e indústria automobilística”, destaca o presidente do Sitivesp, Roberto Ferraiuolo.

Segundo ele, certamente o ano de 2008 deverá ser um ano bastante promissor, pois a área da construção civil – que responde por aproximadamente 65% das vendas de tintas e vernizes - já terá maturado os investimentos feitos em 2007 e muitos imóveis lançados estarão na fase de prontos para serem pintados, considerando um prazo médio de construção de 8 a 18 meses.


Exportações e nível de emprego favoráveis
De acordo com os dados levantados pelo Sitivesp, os dados da balança comercial também foram positivos em 2007, mesmo com a valorização do real frente ao dólar. A evolução nas vendas de tintas e vernizes para o mercado externo deverá ficar em torno de 14% quando comparado ao ano de 2006. Até setembro, as exportações atingiram um faturamento de US$ 102.402 milhões. Em volumes, o setor deverá totalizar vendas de 56 mil toneladas, contra 50.069 toneladas registradas no mesmo período de 2006, porém, com preço médio, subindo de US$ 2,39/kg para US$ 2,43/kg.

O nível de emprego do setor no ano passado também se manteve em alta, registrando variações positivas em praticamente todos os meses, sendo que o acumulado até novembro ficou 3,41% superior ao mesmo período do ano anterior, segundo pesquisa feita pelo Sitivesp. Em 2007, o número de empregos diretos gerados a mais no setor deverá ser perto de 600.


Destaques para as tintas automotivas e imobiliárias
O desempenho geral do setor de tintas e vernizes, composto por produtos das linhas imobiliária, artística, de repintura automotiva, madeiras, tintas de impressão, serigráficas, manutenção, automotiva original e demais tintas industriais foi expressivo. Mas, alguns segmentos se destacaram mais.

Foi o caso das tintas imobiliárias, que deverá crescer em torno de 6%. Expansão do crédito imobiliário; desoneração tributária de alguns itens da linha decorativa; anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a disposição do governo federal de utilizar o segmento da construção civil como mola propulsora para o crescimento econômico, criaram condições para um bom desempenho em 2007 e ainda melhor para 2008.

O mercado imobiliário brasileiro espera crescer de 15% a 20% em 2008 em relação a lançamentos e volume de vendas, segundo estimativa do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). A expectativa é que sejam financiados 230 mil imóveis, com R$ 21 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

No caso da indústria automobilística – responsável pelo consumo de tintas automotivas originais – o cenário de 2007 também foi animador. Sucessivos recordes na produção e vendas de automóveis (totalizando a produção de 2,97 milhões de veículos, volume anual recorde em meio século de instalação das montadoras no País) repercutiram diretamente no resultado alcançado pela indústria de tintas e sua rede de distribuição: um crescimento da ordem de 13,9%.

As vendas nacionais de tintas para impressão deverão fechar o ano de 2007 em US$ 436,4 milhões, ou seja, 13,14% a mais sobre os US$ 385,7 milhões, de 2006. A importação em toneladas, neste segmento, projeta para o ano de 2007 um total de 15,1 mil toneladas - 2,58% a menos que em 2006. Já a exportação de tintas de impressão, deverá fechar um volume de vendas de US$ 25,6 milhões, ou seja, 9,87% superior aos US$ 23,3 milhões registrados em 2006.

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