Redação TN Petróleo/Assessoria
Resultado é influenciado pela alta de 15% no consumo aparente de máquinas e equipamentos
O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (2/8), registrou avanço de 1,6% em maio frente a abril deste ano, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período de 2020, o indicador registrou uma expansão de 0,5%.
O avanço de 1,6% nos investimentos de maio representa uma recuperação de apenas uma parte da queda de 17,4% registrada no mês anterior. Em abril, os investimentos foram afetados pela forte queda nas importações, explicada por uma base de comparação elevada em março, quando foram contabilizadas muitas operações envolvendo importações fictas de plataformas de petróleo associadas ao Repetro. Assim, na análise do trimestre móvel terminado em maio, o indicador continuou apresentando queda em relação ao trimestre móvel anterior (terminado em fevereiro), da ordem de 19,2%. Contudo, em relação ao mesmo trimestre de 2020, o indicador de FBCF mostrou alta de 20%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil, outros ativos fixos. Sua evolução representa aumento da capacidade produtiva da economia e reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No resultado acumulado em 12 meses encerrado em maio, os investimentos apresentaram expansão de 7,2% contra 6,9% registrado em abril.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou alta de 15% em maio, encerrando o trimestre móvel com queda de 32,9%. Enquanto a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno apresentou crescimento de 4,8% no mês, a importação cresceu 82,9% no mesmo período. Esse comportamento volátil nos últimos meses tem sido explicado, em grande medida, pelo efeito das chamadas importações fictas. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou aumento de 12,5%.
O indicador de investimentos em construção civil, após modesto crescimento verificado em março, teve a segunda queda consecutiva na margem, recuando 1% em maio. Com isso, o segmento apresentou uma queda de 4,9% no trimestre móvel.
Na comparação interanual, o desempenho foi heterogêneo. O destaque ficou por conta do componente construção civil, que avançou para um patamar 7,2% superior a maio de 2020. Enquanto o componente outros ativos fixos recuou 4,1%, a demanda por máquinas e equipamentos, por sua vez, registrou queda de 4%. Na comparação trimestral, os resultados foram positivos.
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