O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis autorizou a Eletronuclear a iniciar as obras da Usina Angra 3, em Angra dos Reis. Em julho o Ibama havia concedido a licença prévia para o empreendimento, impondo 60 condicionantes para a aprovação do projeto básico da unidade.
EletronuclearO Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis autorizou a Eletronuclear a realizar a drenagem do canteiro de obras da Usina Angra 3, em Angra dos Reis. As instalações da estação do tratamento de água e de tratamento de efluentes, assim como o revestimento de trechos do canal de drenagem e a interligação do sistema de distribuição de energia também foram autorizadas.
No documento, o Instituto destaca que a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN liberou a concretagem para a região onde serão instalados os prédios não nucleares do empreendimento. A usina nuclear de Angra 3 exigirá investimentos de R$ 7,3 bilhões e terá capacidade para gerar 1.350 megawatts. Em julho o Ibama concedeu a licença prévia para o empreendimento, impondo 60 condicionantes para a aprovação do projeto básico da obra.
Entre elas estão a solução definitiva para os resíduos, o monitoramento independente da radiação, a construção de estradas e a “adoção” de um parque ecológico e uma estação ecológica na região da usina. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estimou, na ocasião, que o cumprimento das condicionantes deverá custar cerca de R$ 100 milhões, “cerca de 1,5% do valor total da obra”, explicou.
A usina de Angra 3 é uma herança do Acordo Nuclear Brasil/Alemanha, assinado pelo então presidente Ernesto Geisel em 1975, com previsão de construção de oito centrais nucleares no Brasil. Destas, só duas, Angra 1 e 2, foram concretizadas, e se encontram em funcionamento, interligadas ao Sistema Interligado Nacional, respondendo por 41% da complementação térmica à matriz energética nacional.
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