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DCISantos deve se tornar uma cidade com características mais tecnológicas, por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) de Tecnologia da Informação e Comunicação. O projeto foi apresentado na última semana pela Associação Comercial do município. O programa deve possibilitar o treinamento de empresas, propiciar certificações na área de tecnologia - que são exigidas nacionalmente - dentre outras vantagens.
O APL, segundo o coordenador da câmara setorial Tecnologia da Informação e Comunicação, José Carlos Alão de Oliveira, deve mudar o perfil do mercado de trabalho da região. Com o desenvolvimento tecnológico, haverá mais vagas de trabalho e fica menos difícil de reter a mão-de-obra especializada. Por dia, são em média 20 mil veículos que sobem a serra em direção a São Paulo para trabalhar e deixam lá, por ano, R$ 80 milhões, só de alimentação, contou. Oliveira estima que os primeiros resultados comecem a ser verificados em um prazo de dois a seis meses.
O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), revelou que esse é um dos campos nos quais o poder municipal pretende investir para viabilizar e acelerar o crescimento de Santos. A prefeitura, dentro do seu programa de governo, encomendou uma pesquisa para identificar os vetores a serem investidos para o desenvolvimento econômico de Santos. E um desses vetores era a cadeia de Tecnologia da Informação. A idéia surgiu logo após a criação da Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação em uma parceria entre a Associação Comercial, a prefeitura de Santos, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp/Santos) e conta com o apoio da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem).
Trata-se de um reforço na capacidade e possibilidade de crescimento das empresas na medida em que favorecem a capacidade produtiva e tecnológica, além de ampliarem as possibilidades de acesso a canais de suprimento, comercialização e financiamento. Nosso primeiro objetivo é dar visibilidade não só às empresas locais, como junto ao mercado geral. Antes todo mundo achava que Santos era só um porto que nós só trabalhávamos com café. Temos que fortalecer a nossa nova marca, até para efeito do futuro pólo tecnológico que o prefeito quer criar no centro da cidade, disse José Carlos de Oliveira. Nós queremos que as empresas da câmara sejam reconhecidas internacionalmente, e que elas tenham representatividade junto ao poder público. Além disso, queremos implantar uma cultura de tecnologia, muitas empresas ainda se organizam na base de papel e lápis, completou.
Rubens Lara, diretor-executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), órgão que tem como finalidade fazer a intermediação entre os municípios da região e o Governo do Estado, prometeu levar o assunto ao governador José Serra. Esse projeto tem tudo para dar certo e muito pouco para dar errado, aqui estão representantes das três esferas de governo. Levaremos isso ao governador, ele tem dito que a região é prioridade.
O consultor contratado pela Associação para gerir o APL, Santiago Carballo, diz que micro e pequenas empresas serão beneficiadas. Trata-se de um programa para distribuir recursos a micro, pequenas e médias empresas, visando o aumento da competitividade desses negócios.
Fonte: DCI
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