<P>O edital do terminal de grãos (Tegram) do Porto do Itaqui será lançado ainda este mês. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), João Castelo. Na terça-feira, 3, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) havia aprova...
O Imparcial - MAO edital do terminal de grãos (Tegram) do Porto do Itaqui será lançado ainda este mês. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), João Castelo. Na terça-feira, 3, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) havia aprovado o projeto da primeira etapa do Tegram e deu autorização para que o governo estadual toque o projeto.
Segundo Castelo, o edital trará as regras da concorrência pelo direito de operar o terminal e a composição do investimento. “Vamos abrir uma licitação para escolher a empresa privada que vai construir os silos de armazenagem. Aquela empresa que oferecer uma proposta dentro dos parâmetros estabelecidos e com o maior valor vai levar o direito de operar esta etapa do terminal.”, afirmou o presidente da estatal.
A expectativa é que haja ágil sobre o lance mínimo estipulado no edital do Tegram uma vez que várias empresas privadas do segmento de agronegócios já demonstraram interesse de operar a nova estrutura para movimentar soja.
“Já recebemos a visita de várias empresas interessadas. Muitas delas estão esperando apenas o lançamento do edital para fazer uma proposta. Acreditamos que o valor pago pela vencedora deverá superar o que estiver estipulado no edital”, comentou Castelo.
O governador Jackson Lago afirmou que o terminal irá dinamizar o mercado de agro-negócios em toda a região do chamado “Mapito”, formada pelo Maranhão, Piauí e Tocantins. “Este é um passo importante para dinamizar a economia do estado. Nossa meta é criar condições para se gerar emprego e renda para os maranhenses como forma de distribuir a riqueza do nosso estado”, afirmou.
Parceria - O Tegram será uma das primeiras experiências locais em que haverá uma conjunção de investimentos entre o governo e a iniciativa privada. O governo estadual vai construir a infra-estrutura de embarque e a empresa vencedora da licitação construirá os silos de armazenagem, os prédios de administração e operação do terminal.
Ao todo, a obra do terminal está orçada em R$ 77,4 milhões para ser feito pelo governo estadual e pela empresa que arrematar a etapa. Deste total, R$ 30 milhões serão aplicados pela Emap para construir uma correia transportadora ligando a área de armazenagem ao terminal do píer 103, onde será feito o embarque, e o carregador de navios que colocará os grãos dentro dos cargueiros. “Vamos buscar os recursos junto á fundos federais destinados ao financiamento do desenvolvimento do país para custear a construção da infra-estrutura que ficou a cargo do governo estadual”, disse Castelo.
O investimento privado está orçado em pouco mais R$ 47 milhões e será usado para construir os cinco silos que terá capacidade de armazenar de um só vez 800 mil toneladas de grãos o que significa uma capacidade de movimentar cerca de três milhões de toneladas por ano, o que quer dizer que o Tegram já nasce com uma capacidade de sustentar um crescimento da safra da ordem de 30% pelos próximos três anos.
A previsão é que o Terminal de Grãos fique pronto no início de 2008. Hoje o Tegram está dividido em duas etapas. A medida foi tomada para evitar que haja monopólio do embarque de grãos no Itaqui. “Queríamos evitar que apenas uma empresa tivesse o controle. Afinal esta obra tem que servir para incentivar o desenvolvimento econômico do estado e não para servir de entrave”, explicou Castelo.
Itaqui tem vantagens - Um aspecto interessante que pode justificar o investimento é a nova tendência do mercado agrícola de um dos maiores consumidores de soja do mundo: os Estados Unidos. Lá, o governo está incentivando - e em alguns casos até subsidiando - o plantio de milho e beterraba para a produção de etanol, o que deverá diminuir a sua área plantada da soja.
Porém, o consumo de produtos feitos a partir deste grão continuará crescente, abrindo boas possibilidades de crescimento das vendas para a soja brasileira no mercado externo.
Além disso, dois outros aspectos reforçam as perspectivas do Tegram: o mercado chinês, apontado como maior consumidor mundial de soja, continua numa trajetória crescente e dentro de cinco anos as obras de ampliação do Canal do Panamá deverão ficar pronta abrindo uma outra rota e navegação para os cargueiros com mais de 400 mil toneladas de deslocamento para o oriente.
“O Itaqui está cerca de 2 mil milhas náuticas mais próximo dos mercados europeu e norte-americano que os outros portos brasileiros, o que indica um frete cerca de US$ 350 mil mais barato. Além disso, estes supernavios só atracam em portos como o Itaqui”, observou o presidente da Emap ao comentar as vantagens do porto maranhense.
Fonte: O Imparcial
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