Bolívia

Governo boliviano pode ser sócio da Petrobras em refinarias

Gazeta do Paraná
31/01/2006 02:00
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 O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, admitiu nesta segunda-feira (30/01) a possibilidade de a Petrobras negociar uma participação do governo boliviano nas duas refinarias que a estatal brasileira controla no país andino, responsáveis por 95% do refino de petróleo na Bolívia. "A Petrobras pode vir a ser uma empresa sócia do governo boliviano" disse o ministro. Segundo Rondeau, a ampliação da presença da Petrobras na Bolívia não precisa se dar, necessariamente, com as refinarias integralmente sob o comando da Petrobras.

"Mas podemos negociar uma participação. Existe uma proposta que queremos fazer no momento adequado", acrescentou. Segundo agências internacionais, na semana passada, o novo presidente da estatal boliviana do setor petrolífero (YPFB), Jorge Alvarado, teria anunciado a intenção de reestatizar as duas refinarias da Petrobras instaladas no país (Gualberto Villaroel, em Cochabamba e Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz de La Sierra).

Em entrevista coletiva por telefone, Rondeau, que estava no Espírito Santo, manifestou diversas vezes que está tranqüilo com relação à postura do novo governo boliviano. "Estamos tranqüilos. As nossas relações, nossos investimentos de petróleo na Bolívia só vão se fortalecer cada vez mais dentro desse espírito de integração", disse, enfatizando que o governo do presidente Evo Morales tem dito que cumprirá os contratos com investidores estrangeiros.

Rondeau disse ainda que, desde que os negócios da Petrobras na Bolívia sejam mantidos em condição de equilíbrio, não há motivo para temores.

Questionado se a estatização ou a participação dos bolivianos nas refinarias brasileiras não representariam um desequilíbrio para a estatal, Rondeau disse que a Petrobras enxerga seus investimentos como um conjunto, desde a exploração até o transporte, passando pelo refino. "E, no conjunto, é importante que se vejam quais os segmentos que estão dando mais ou menos resultados. Não sei se a questão das refinarias seria o elemento de maior resultado. De repente, não é. E isso pode ser negociado entre as direções das duas empresas", completou o ministro.

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