Folha de S.Paulo
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) afirmou ontem que, até o fim de maio, o governo deve concluir estudos para determinar se o preço da gasolina e do diesel na bomba podem ser reduzidos.
“Isso acontecendo, será tomada decisão ou não sobre a redução dos preços da gasolina e do diesel”, disse Lobão ontem, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O debate ocorre devido à queda no preço do petróleo no mercado internacional. O barril, que chegou perto de US$ 150 na metade de 2008, gira agora em torno de US$ 50.
Os estudos em questão estão sendo comandados pelo Ministério da Fazenda, com o acompanhamento da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia.
A proposta defendida pela equipe econômica é que o preço de venda da Petrobras para os distribuidores seja reduzido. Essa queda, no entanto, não chegaria ao bolso do consumidor porque o governo pretende elevar de R$ 0,18 para R$ 0,28 o imposto cobrado sobre o litro de gasolina vendido.
Essa fórmula transfere o benefício da queda no preço do petróleo do consumidor para o governo, que recupera uma parte da arrecadação perdida com a crise financeira.
A decisão sobre o preço do diesel deve apontar em outra direção. Ao menos parte da redução no preço da Petrobras deve chegar ao consumidor. Para isso, o governo fará ajuste na tributação do derivado.
Ganho na inflação
Com isso, a equipe econômica espera ter ganhos de curto prazo na inflação, que é afetada pelo preço dos combustíveis. No ano que vem, a medida também pode trazer vantagens na forma de reajustes mais baixos nas tarifas de ônibus urbano.
Questionado se ainda demoraria para a redução de preço chegar aos consumidores, Lobão afirmou: “A elevação também não chegou à bomba quando o preço do barril se elevou a US$ 150″.
A última queda no preço dos combustíveis foi em 2003. Depois disso houve cinco aumentos, o mais recente em 2008.
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