Investimento

GDF Suez vai investir em gás no mar

GDF Suez planeja investir em blocos offshore no Brasil.

Valor Econômico
09/09/2014 12:59
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O grupo franco-belga GDF Suez vai ampliar sua estratégia de negócios no setor de petróleo e gás no Brasil. A companhia, que entrou no segmento decidida a explorar gás só em áreas terrestres para geração termelétrica, avalia agora adquirir blocos marítimos, por meio de leilões do governo ou aquisições de áreas de concessão de outras empresas.
“Temos que olhar para o offshore também. As maiores descobertas foram offshore até agora”, afirmou Diane Defrenne, especialista em exploração e produção da GDF Suez para a América Latina, ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor. Segundo Maurício Bähr, presidente no Brasil, a empresa está estudando várias bacias sedimentares e analisa qual seria a melhor oportunidade de negócio.
GDF Suez planeja investir em blocos offshore no Brasil
A gigante energética franco-belga GDF Suez vai ampliar sua estratégia de negócios para o setor de petróleo e gás no Brasil. A companhia, que entrou no segmento no ano passado decidida exclusivamente a explorar gás em áreas terrestres para geração de energia termelétrica, avalia agora adquirir blocos em regiões “offshore” (marítimas), por meio de leilões do governo ou aquisições de áreas de concessão de outras petroleiras.
“Temos de olhar para o ‘offshore’ também. As maiores descobertas foram ‘offshore’ até agora. Seria mais fácil para nós encontrar um grande potencial [de gás] ‘onshore’ [terrestre]. Por outro lado, as bacias com o maior potencial são ‘offshore’”, afirmou Diane Defrenne, especialista de exploração e produção da GDF Suez para a América Latina, ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Segundo o presidente da companhia no Brasil, Maurício Bãhr, a empresa está estudando várias bacias sedimentares brasileiras e analisando algumas oportunidades de negócio. Ele explicou que a companhia estuda “caso a caso” cada nova oportunidade, por meio de uma avaliação interna.
“Esperamos que rapidamente tenhamos acesso ao gás. E isso coincide com o momento de o setor elétrico precisar de mais térmicas.
Às térmicas que eram complementares viraram uma necessidade”, afirmou Bãhr, que defende um aperfeiçoamento das regras para que as térmicas sejam acionadas “na base” (continuamente).
“O Brasil não tem hoje reservatórios para armazenar o gás, e seria importante ter uma regra que pudesse favorecer o uso do gás que estará abundante a partir dos próximos anos”, disse ele.
A GDF Suez planeja investir, no mínimo, R$ 100 milhões nos oito blocos exploratórios que possui no Brasil, sendo dois na Bacia do Parnaíba e seis na Bacia do Recôncavo. A expectativa, segundo o executivo, porém, é que o volume de investimentos aumente, a medida que forem feitas descobertas de gás e desenvolvidas as áreas.
Devido a sua vocação para geração de energia, a GDF Suez é uma “petroleira” diferente das tradicionais.
Na Bacia do Parnaíba, onde as atividades estão mais avançadas, a GDF Suez prevê concluir no próximo mês a perfuração de seu segundo poço. A companhia tem 20% de participação nos blocos BT-PN-2 e BT-PN-3. As duas áreas têm a Petrobras como operadora, com 40% de participação. A outra sócia é a britânica BP, com os 40% restantes.
Já nos seis blocos arrematados na 12ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no ano passado, em que a empresa possui 25% de participação, o objetivo é perfurar no mínimo três poços exploratórios. A Petrobras é a operadora das seis áreas, com participação de 40%. Em cinco blocos (REC-T-225,239,240,253 e 524), a participação restante, de 35%, é da Ouro Preto Óleo e Gãs. Já no bloco REC-T-268, os 35% restantes pertencem à Cowan Petróleo e Gás.
Devido ao seu portfólio e a sua vocação para geração de energia, a GDF Suez é uma “petroleira” diferente das tradicionais companhias do setor. Isso porque, a franco-belga tem interesse expressivo na exploração de gás natural, enquanto as petroleiras convencionais priorizam a produção de petróleo.
Dos 799 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de reservas provadas e prováveis (2P) da GDF Suez no mundo, 76% são de gás natural e 24% de petróleo. O gás também respondeu por 69% da produção da companhia em 2013, da ordem de 51,9 milhões de boe.
Para estimular os negócios no Brasil, a companhia vai estrear na “Rio Oil & Gas”, principal feira e congresso do setor petrolífero do Brasil, na próxima semana, no Rio de Janeiro. A GDF Suez terá um estande próprio no evento, onde abrigará também outras empresas do grupo, principalmente na área de serviços. Uma delas é a Cofely Ineo, especializada no fornecimento de sistemas de telecomunicações, segurança e de prevenção principalmente para a indústria de óleo e gás.
O setor petróleo responde por 60% das encomendas globais da Ineo, que devem alcançar € 12 milhões (o equivalente a pouco mais de R$ 30 milhões) este ano. Em 2011, a companhia comprou a brasileira Telca 2000, hoje chama-
da Ineo do Brasil. Com isso, a companhia conseguiu atender às exigências de conteúdo local do mercado petrolífero brasileiro.
“Ainda é um pouco cedo, mas nas próximas semanas podemos ter um grande anúncio”, afirmou o diretor-geral da Ineo do Brasil, Guillaume Weisrock.
“O Brasil está em um momento especial em que a gente pode integrar essas atividades. Uma dessas pode gerar negócios para outra. Então criamos sinergias entre os negócios que o grupo já tem no exterior”, explicou Bãhr.

O grupo franco-belga GDF Suez vai ampliar sua estratégia de negócios no setor de petróleo e gás no Brasil.

A companhia, que entrou no segmento decidida a explorar gás só em áreas terrestres para geração termelétrica, avalia agora adquirir blocos marítimos, por meio de leilões do governo ou aquisições de áreas de concessão de outras empresas.

“Temos que olhar para o offshore também. As maiores descobertas foram offshore até agora”, afirmou Diane Defrenne, especialista em exploração e produção da GDF Suez para a América Latina, ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Segundo Maurício Bähr, presidente no Brasil, a empresa está estudando várias bacias sedimentares e analisa qual seria a melhor oportunidade de negócio.

A gigante energética franco-belga GDF Suez vai ampliar sua estratégia de negócios para o setor de petróleo e gás no Brasil.

A companhia, que entrou no segmento no ano passado decidida exclusivamente a explorar gás em áreas terrestres para geração de energia termelétrica, avalia agora adquirir blocos em regiões “offshore” (marítimas), por meio de leilões do governo ou aquisições de áreas de concessão de outras petroleiras.

“Temos de olhar para o ‘offshore’ também. As maiores descobertas foram ‘offshore’ até agora. Seria mais fácil para nós encontrar um grande potencial [de gás] ‘onshore’ [terrestre]. Por outro lado, as bacias com o maior potencial são ‘offshore’”, afirmou Diane Defrenne, especialista de exploração e produção da GDF Suez para a América Latina, ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Segundo o presidente da companhia no Brasil, Maurício Bãhr, a empresa está estudando várias bacias sedimentares brasileiras e analisando algumas oportunidades de negócio.

Ele explicou que a companhia estuda “caso a caso” cada nova oportunidade, por meio de uma avaliação interna.

“Esperamos que rapidamente tenhamos acesso ao gás. E isso coincide com o momento de o setor elétrico precisar de mais térmicas.

Às térmicas que eram complementares viraram uma necessidade”, afirmou Bãhr, que defende um aperfeiçoamento das regras para que as térmicas sejam acionadas “na base” (continuamente).

“O Brasil não tem hoje reservatórios para armazenar o gás, e seria importante ter uma regra que pudesse favorecer o uso do gás que estará abundante a partir dos próximos anos”, disse ele.

A GDF Suez planeja investir, no mínimo, R$ 100 milhões nos oito blocos exploratórios que possui no Brasil, sendo dois na Bacia do Parnaíba e seis na Bacia do Recôncavo.

A expectativa, segundo o executivo, porém, é que o volume de investimentos aumente, a medida que forem feitas descobertas de gás e desenvolvidas as áreas.

Devido a sua vocação para geração de energia, a GDF Suez é uma “petroleira” diferente das tradicionais.

Na Bacia do Parnaíba, onde as atividades estão mais avançadas, a GDF Suez prevê concluir no próximo mês a perfuração de seu segundo poço.

A companhia tem 20% de participação nos blocos BT-PN-2 e BT-PN-3. As duas áreas têm a Petrobras como operadora, com 40% de participação. A outra sócia é a britânica BP, com os 40% restantes.

Já nos seis blocos arrematados na 12ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no ano passado, em que a empresa possui 25% de participação, o objetivo é perfurar no mínimo três poços exploratórios.

A Petrobras é a operadora das seis áreas, com participação de 40%. Em cinco blocos (REC-T-225,239,240,253 e 524), a participação restante, de 35%, é da Ouro Preto Óleo e Gãs.

Já no bloco REC-T-268, os 35% restantes pertencem à Cowan Petróleo e Gás.

Devido ao seu portfólio e a sua vocação para geração de energia, a GDF Suez é uma “petroleira” diferente das tradicionais companhias do setor.

Isso porque, a franco-belga tem interesse expressivo na exploração de gás natural, enquanto as petroleiras convencionais priorizam a produção de petróleo.

Dos 799 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de reservas provadas e prováveis (2P) da GDF Suez no mundo, 76% são de gás natural e 24% de petróleo.

O gás também respondeu por 69% da produção da companhia em 2013, da ordem de 51,9 milhões de boe.

Para estimular os negócios no Brasil, a companhia vai estrear na “Rio Oil & Gas”, principal feira e congresso do setor petrolífero do Brasil, na próxima semana, no Rio de Janeiro.

A GDF Suez terá um estande próprio no evento, onde abrigará também outras empresas do grupo, principalmente na área de serviços.

Uma delas é a Cofely Ineo, especializada no fornecimento de sistemas de telecomunicações, segurança e de prevenção principalmente para a indústria de óleo e gás.

O setor petróleo responde por 60% das encomendas globais da Ineo, que devem alcançar € 12 milhões (o equivalente a pouco mais de R$ 30 milhões) este ano.

Em 2011, a companhia comprou a brasileira Telca 2000, hoje chamada Ineo do Brasil. Com isso, a companhia conseguiu atender às exigências de conteúdo local do mercado petrolífero brasileiro.

“Ainda é um pouco cedo, mas nas próximas semanas podemos ter um grande anúncio”, afirmou o diretor-geral da Ineo do Brasil, Guillaume Weisrock.

“O Brasil está em um momento especial em que a gente pode integrar essas atividades. Uma dessas pode gerar negócios para outra. Então criamos sinergias entre os negócios que o grupo já tem no exterior”, explicou Bãhr.

 

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