Embora se abstenha de avaliar a obra como inviável, o diretor da TBG, Ricardo Salomão, apresenta obstáculos técnicos, ambientais e financeiros. O gasoduto ainda teria que ser comparado ao transporte por GNL.
O diretor superintendente da Transportadora Brasileira Gasduto Bolívia-Brasil (TBG), Ricardo Salomão, praticamente demoliu a idéia do Gasoduto del Sul, que transportaria gás da Venezuela até a Argentina, cruzando a Amazônia brasileira e grande parte do território nacional.
Embora se abstenha de avaliar a obra como inviável, o executivo ressalta que há grandes dificuldades a serem superadas, entre técnicas, políticas e financeiras e ao final haveria que se fazer a comparação do transporte do gás da Venezuela até a Argentina por meio de gás natural liqüefeito (GNL).
As dificuldades apontadas por Salomão são: falta garantia de suprimento firme de gás, uma vez que a Venezuela tem muito gás, mas não oferece confiabilidade no suprimento; no lado do consumo, a Argentina também apresenta problemas referentes a tarifas, o que poderia desanimar um possível transportador. Superados esses aspectos, o projeto teria que enfrentar uma série de licitações ambientais complexas para cruzar a Amazônia e, se ainda assim fosse considerado viável, o estudo ainda teria que conseguir financiamento no valor de US$ 22 bilhões. "Será difícil conseguir financiamento para um projeto que envolve todos esses riscos", observa.
Superadas todas essas fases de análise de viabilidadade técnica e econômica, o Transpinel - como foi apelidado no mercado - ainda teria que ser comparado com o transporte via GNL.
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