Redação/Assessoria
Apesar da crise provocada pelo novo coronavírus, a Gasmig vai manter os investimentos previstos na expansão da rede de fornecimento de gás natural em Belo Horizonte, onde serão aportados R$ 80 milhões na rede residencial.
De acordo com o presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, este ano foram concluídas as etapas nos bairros Gutierrez e Coração Eucarístico e a previsão é iniciar obras nos bairros Luxemburgo e Cidade Nova.
Do valor de R$ 80 milhões a ser investido, também está inclusa a expansão da rede para o Condomínio Alphaville, às margens da BR-040, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Jardim Canadá. Estas áreas estão em fase de desenvolvimento de projetos. “Além destes bairros já citados, estamos esperando sair o alvará que permitirá as obras no Centro de Belo Horizonte. É uma reivindicação antiga da Gasmig e que deve ser liberada por agora pela Secretaria Municipal de Política Urbana. Esta é a única área que falta para fecharmos a rede de fornecimento de gás dentro do anel da Avenida do Contorno, que vai do Parque Municipal até o Mercado Central (que já tem a rede)”, explicou Magalhães.
Em relação à expansão da rede de fornecimento de gás para a indústria, estão em projeto, para ser executado em 2021, dois gasodutos. Um deles será a extensão do gasoduto de Betim, na RMBH, até Divinópolis, Centro-Oeste de Minas Gerais, e o segundo ligando Jacutinga a Extrema, ambas no Sul do Estado.
Privatização
Outro projeto que deve caminhar em 2020, segundo Magalhães, é a abertura de capital e privatização da Gasmig. O processo é considerado fundamental para que a Gasmig conquiste competitividade, investimentos e possa concorrer no mercado livre de gás. De acordo com Magalhães, ainda este ano, deve ser enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o projeto para a privatização.
“Espero, se a economia reagir, até o final do ano, que ocorra a abertura de capital da Gasmig. Já estamos caminhando com o projeto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para o registro. A abertura de capital é a sobrevivência da empresa. Não tem como uma empresa estatal ir para o mercado livre de gás. No mercado livre, podemos perder os principais clientes se não tivermos mobilidade, já que operadoras de outros estados podem participar”, afirma.
Em relação à comercialização de gás, em função da pandemia do novo coronavírus, que exigiu a implantação do isolamento para o controle da disseminação e suspendeu o funcionamento de diversas atividades econômicas, a demanda pelo produto está menor.
Além disso, muitas empresas estão aproveitando o momento de menor demanda para realizar reformas e manutenção, o que também contribui para um recuo no consumo. A queda na demanda pelo gás, de janeiro a meados de abril, foi de 35%.
Magalhães ressalta que, neste momento de crise que vem afetando a indústria, a queda dos preços do petróleo no mercado internacional permitiu que a Gasmig anunciasse nova redução nos valores do gás natural. No caso do gás voltado para a indústria, a redução foi de 7%. Para o gás natural veicular (GNV), o recuo chegou a 7,6%. A nova redução é considerada importante para reduzir custos e garantir maior competitividade às indústrias, principalmente, no momento atual, quando o mercado vem sendo afetado de forma negativa pelas medidas de isolamento adotadas para o controle do novo coronavírus. Baseado nas condições atuais de mercado, a previsão é de que a próxima redução nos valores do gás, a ser anunciada em agosto, fique em torno de 20%. De acordo com o presidente da Gasmig, no acumulado do ano até este mês, a queda nos preços do gás canalizado para a indústria já soma 12% e no gás veicular a redução foi de 13%.
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