Mineração

Fusões e aquisições entre mineradoras caem 69% no ano

Estudo da EY (ex-Ernst & Young).

Valor Online
10/10/2014 13:30
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O valor movimentado em fusões e aquisições no setor de mineração caiu 69% no primeiro semestre deste ano, segundo estudo da EY (ex-Ernst & Young). No total, foram realizadas 254 operações, que somaram US$ 17 bilhões. Um ano antes, foram 386 negócios, que somaram US$ 53,8 bilhões.
Vicktor Andrade, analista de Fusões e Aquisições da EY, espera queda de 25% a 35% no acumulado do ano, com melhora no segundo semestre. A partir deste ponto vai começar a ter uma retomada. "De 2010 a 2013, as fusões e aquisições em mineração sempre superaram os US$ 120 bilhões. De agora em diante, não esperamos uma queda maior, mas o ano vai ser ruim", diz.
No primeiro semestre, os negócios que superam US$ 1 bilhão foram apenas quatro, de onze um ano antes, segundo a EY. O maior negócio do ano, até o momento, foi a união da Yamana Gold e da Agnico-Eagle para a compra da Osiko Mining, em um negócio que complementou as operações das duas empresas na América do Norte. A maioria dos negócios, 87% do total, envolveu transações inferiores a US$ 50 milhões e correspondeu por 9% do total, em valor.
A primeira metade de 2014 foi marcada por falta de liquidez no setor e muita cautela das empresas. Os negócios fechados estiveram ligados principalmente ao objetivo de reduzir custos variáveis ou de venda de ativos que não tiveram desempenhos razoáveis nos últimos períodos. "Podemos ver mais joint ventures na área, em esforço das companhias para consolidar posições e buscar sinergias."
Andrade diz que, a partir de agora, o setor mineral tem um importante aspecto a seu favor: volta a ter capital disponível, principalmente de fundos de private equity. Nas contas da EY, esses fundos têm de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões para mineração. "Os gestores estão vendo que as empresas fizeram o dever de casa em corte de custos e melhora de eficiência." Os investidores em participação nas companhias são, hoje, responsáveis por 20% do financiamento ao setor e podem chegar a 30%, diz Andrade.
O especialista afirma ainda que aconteceram movimentos de realocação de capital de fundos soberanos, que fizeram ajustes e agora estão com liquidez.
A previsão da EY é de novos negócios envolvendo níquel e cobre, com a melhora dos preços dos dois metais neste ano. Já operações de carvão e minério de ferro devem acontecer conforme companhias colocarem negócios à venda diante do cenário difícil de preços.
Além das razões particulares, o ambiente não é propício para um salto nos negócios no setor. Andrade diz que as companhias estão mais cautelosas do que nos últimos anos sobre como será a demanda do setor e, por isso, estão segurando projetos, investimentos e negociações. "O ambiente macroeconômico é mais complexo hoje. A Europa ainda não retomou seu ritmo de crescimento, os Estados Unidos estão se recuperando aos poucos e os emergentes estão desacelerando. Por isso, as empresas estão em compasso de mais aprendizado do que de agressividade nos negócios."
O Brasil acompanhou a tendência de queda, com apenas dois negócios no primeiro semestre, quatro a menos do que no mesmo período de 2013. O valor total das aquisições caiu de US$ 631,6 milhões para US$ 1,42 milhão.

O valor movimentado em fusões e aquisições no setor de mineração caiu 69% no primeiro semestre deste ano, segundo estudo da EY (ex-Ernst & Young).

No total, foram realizadas 254 operações, que somaram US$ 17 bilhões. Um ano antes, foram 386 negócios, que somaram US$ 53,8 bilhões.

Vicktor Andrade, analista de Fusões e Aquisições da EY, espera queda de 25% a 35% no acumulado do ano, com melhora no segundo semestre. A partir deste ponto vai começar a ter uma retomada. "De 2010 a 2013, as fusões e aquisições em mineração sempre superaram os US$ 120 bilhões. De agora em diante, não esperamos uma queda maior, mas o ano vai ser ruim", diz.

No primeiro semestre, os negócios que superam US$ 1 bilhão foram apenas quatro, de onze um ano antes, segundo a EY.

O maior negócio do ano, até o momento, foi a união da Yamana Gold e da Agnico-Eagle para a compra da Osiko Mining, em um negócio que complementou as operações das duas empresas na América do Norte.

A maioria dos negócios, 87% do total, envolveu transações inferiores a US$ 50 milhões e correspondeu por 9% do total, em valor.

A primeira metade de 2014 foi marcada por falta de liquidez no setor e muita cautela das empresas. Os negócios fechados estiveram ligados principalmente ao objetivo de reduzir custos variáveis ou de venda de ativos que não tiveram desempenhos razoáveis nos últimos períodos. "Podemos ver mais joint ventures na área, em esforço das companhias para consolidar posições e buscar sinergias".

Andrade diz que, a partir de agora, o setor mineral tem um importante aspecto a seu favor: volta a ter capital disponível, principalmente de fundos de private equity. Nas contas da EY, esses fundos têm de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões para mineração.

"Os gestores estão vendo que as empresas fizeram o dever de casa em corte de custos e melhora de eficiência." Os investidores em participação nas companhias são, hoje, responsáveis por 20% do financiamento ao setor e podem chegar a 30%, diz Andrade.

O especialista afirma ainda que aconteceram movimentos de realocação de capital de fundos soberanos, que fizeram ajustes e agora estão com liquidez.

A previsão da EY é de novos negócios envolvendo níquel e cobre, com a melhora dos preços dos dois metais neste ano.

Já operações de carvão e minério de ferro devem acontecer conforme companhias colocarem negócios à venda diante do cenário difícil de preços.

Além das razões particulares, o ambiente não é propício para um salto nos negócios no setor. Andrade diz que as companhias estão mais cautelosas do que nos últimos anos sobre como será a demanda do setor e, por isso, estão segurando projetos, investimentos e negociações. "O ambiente macroeconômico é mais complexo hoje. A Europa ainda não retomou seu ritmo de crescimento, os Estados Unidos estão se recuperando aos poucos e os emergentes estão desacelerando. Por isso, as empresas estão em compasso de mais aprendizado do que de agressividade nos negócios".

O Brasil acompanhou a tendência de queda, com apenas dois negócios no primeiro semestre, quatro a menos do que no mesmo período de 2013. O valor total das aquisições caiu de US$ 631,6 milhões para US$ 1,42 milhão.

 

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