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O furacão Alex tornou-se mais intenso à medida que se aproximava da fronteira entre o estado norte-americano do Texas e o México. É o primeiro a atingir aquela região nesta época de furacões e está a perturbar as operações de limpeza de crude no golfo do México.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, decretou o estado de alerta para a zona do Texas depois de a tempestade tropical Alex se ter transformado num furacão de categoria 1, com ventos de cerca de 130 quilómetros por hora, segundo o centro nacional de furacões norte-americano. Espera-se que atinja terra firme e que o seu percurso se mantenha afastado da zona junto à costa do Luisiana que está a ser afectada pela maré negra causada pela explosão da plataforma da BP Deepwater Horizon, em Abril.
A petrolífera suspendeu algumas operações para recuperar o crude e os voos para aplicar dispersante devido aos ventos fortes e às ondas que chegaram a atingir os quatro metros. O porta-voz da BP, Robert Wine, adiantou à BBC que, apesar dos efeitos do furacão Alex, três torres de perfuração petrolífera e um navio envolvido nas operações de captura de petróleo continuam a funcionar. “São equipamentos grandes, o seu funcionamento não é afectado pelo estado do mar”, adiantou.
O Departamento de Estado norte-americano anunciou que aceita a ajuda disponibilizada por 12 países e organizações internacionais para limpar a maré negra no golfo do México. E hoje um comité do Senado norte-americano aprovou o fim do limite às indemnizações que uma petrolífera pode enfrentar por danos causados por acidentes em plataformas petrolíferas offshore como a da BP. Até agora, esse limite era de 75 milhões de dólares para compensar as populações locais e proceder à limpeza da região afectada.
Kenneth Feinberg, encarregue pela Administração norte-americana de gerir as indemnizações às pessoas e empresas atingidas, afirmou no Congresso norte-americano que serão feitas “escolhas difíceis” nos próximos dias por falta de dinheiro para pagar a todos os que têm pedido compensações. “Estou determinado a pagar todos os pedidos justificados”, adiantou, citado pela AFP. Disse, no entanto, que será “uma questão muito difícil” decidir sobre as indemnizações das empresas que não reportaram danos mas sim uma diminuição dos ganhos devido à catástrofe. As decisões serão tomadas “nas próximas semanas, não nos próximos meses”. Até agora já foram feitos 81.000 pedidos de compensação.
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