O potencial de geração da energia elétrica.
O Globo
O Brasil chegará ao fim desta década com 10% da energia elétrica sendo gerados em usinas movidas pelos ventos.
As que já estão em funcionamento respondem pela geração de 2 mil megawatts, o equivalente a 3,5% do que o país consome (mesmo percentual das duas nucleares de Angra, somadas).
Essa participação aumenta rapidamente porque a tecnologia das novas usinas é mais avançada: as torres passam de cem metros de altura (algumas chegam a medir 150 metros) e, quanto mais altas, maior é o aproveitamento dos ventos.
No passado, os empreendedores comemoravam quando suas usinas chegavam a gerar além de 20% de sua capacidade. Agora, no Brasil, batem recordes mundiais, na faixa de 60% de aproveitamento.
Os aerogeradores também estão mais potentes (3 megawatts).
O único problema é que não dá para armazenar ventos. Não sopram o ano todo, e nas regiões mais adequadas para usinas eólicas só costumam aparecer no cair da tarde.
E o pico de consumo de eletricidade no Brasil começa por volta de 15 horas.
Por isso, o país não pode abrir mão de outras modalidades de geração, mesmo termoelétricas poluentes, que queimam óleo.
Estão instalados no Nordeste 75% dos parques eólicos, percentual que tende a se ampliar, pois os parques estão sendo instalados também no interior da região.
Só no sertão da Bahia há projetos com capacidade de 10 mil megawatts que receberam licença ambiental das autoridades estaduais e estão aptos a disputar futuros leilões de fornecimento de energia.
O próximo, por sinal, será no dia 30.
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