Redação TN Petróleo/Assessoria
“Tomamos a decisão de intensificar o investimento na área social”. Esse foi um dos apontamentos de Flavio Ofugi Rodrigues, vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, que participou do fórum “Custos e oportunidades sociais na descarbonização”, realizado nesta terça-feira, durante a Rio Oil & Gas. O executivo falou sobre a necessidade de uma transição energética justa e planejada, que proteja países e populações mais vulneráveis.
Flávio apresentou mais detalhes sobre o compromisso social da companhia, que segue a estratégia Powering Progress, centrada em quatro eixos: alcançar emissões líquidas zero até 2050, gerar valor para os acionistas, respeitar a natureza e impulsionar vidas. “Identificamos que a sociedade quer mais das empresas, é importante medir e analisar como impactamos o mundo em métricas sociais também”.
Ao ser indagado sobre qualificação de mão de obra, comemorou o impacto da companhia na geração de postos de trabalho. “Segundo um estudo realizado em parceria com a FGV, estimamos que a Shell já chegou a gerar cerca de 600 mil empregos diretos, indiretos ou induzidos com toda a sua operação. A capacidade de geração de oportunidades no óleo e gás é grande e o setor de renováveis a amplifica ainda mais”, comentou.
O executivo ainda falou do potencial brasileiro de tornar-se um “gigante verde” e como a Shell vem adaptando seu portfólio. “O Brasil é muito importante na área de upstream para a companhia e vamos continuar investindo nesse setor. Mas o espaço para renováveis é fundamental. Por isso, investimos em etanol em parceria com a Raízen, energia solar, eólica e defendemos uma agenda regulatória, que é um ponto importante para o setor renovável, já que outros países estão a alguns passos à frente neste quesito”.
A conversa foi mediada por Fernanda Delgado, diretora executiva corporativa do IBP, e contou com a participação de Rodrigo Vilanova, vice-presidente executivo de gestão de energia na Galp, Elbia Gannoum, diretora executiva na ABEEólica e Raquel Coutinho, gerente de quantificação e transparência em emissões da Petrobras.
A Shell Brasil também participou do debate “Os desafios para a liderança na inclusão e no desenvolvimento profissional de minorias e grupos diversos em uma indústria em transformação”. No encontro, Luiz Henrique Oliveira, assessor sênior de Parcerias Estratégicas, Eventos e Comunicações da companhia, juntou-se a Nir Lander, vice-presidente de Pessoas&Gestão da Ocyan, José Vicente, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares e Luciana Domagala, diretora de pessoas e organização da Ipiranga. A moderação foi de Ana Zambelli, diretora-gerente na Brokfield.
No fórum, Luiz Henrique Oliveira apresentou as redes de DE&I da Shell, lembrou que a empresa foi uma das primeiras do setor a assinar o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ e mencionou que entre os valores da Shell estão honestidade, integridade e respeito pelas pessoas. O fundador da rede True Colors definiu as estratégias de DE&I como estratégicas para qualquer organização: “Se não tiver esse olhar muito cuidadoso, você pode estar perdendo oportunidades. Não é só um trabalho voluntário, é um trabalho que também entrega valor à organização”, disse.
Ele identificou duas etapas fundamentais para o sucesso das políticas: institucionalizar as práticas e garantir o engajamento das lideranças. “Não é possível institucionalizar novos valores sem a participação da liderança”. Luiz lembrou que, além do tempo dos colaboradores, as práticas de DE&I precisam de patrocínio, e que é importante que todas as áreas estejam envolvidas: “DE&I não é uma coisa de RH, Comunicação Interna, Comitê. É um interesse do negócio”, frisou.
Entre os reflexos da institucionalização das práticas de DE&I na Shell, Luiz mencionou os KPIs da companhia e outros exemplos, como a possibilidade de pessoas com deficiência se candidatarem a vagas amplas. Ele também mencionou que, diante das diferentes vertentes de DE&I – como equidade de gênero e racial, políticas LGBTQIA+ e inclusão e integração de PCDs – a Shell leva em conta a interseccionalidade das pessoas: “Não adianta tratar cada área de forma segregada, porque tudo está confluindo e tem de ser institucional”, pontuou.
A Rio Oil & Gas acontece de 26 a 29 de outubro, no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro. Confira abaixo a lista de painéis em que a Shell Brasil participa amanhã:
28/09
10h50 às 11h30
Painel: CEO Talks
Participante:
- Zoe Yujnovich - Diretora global de Upstream da Shell
Local: Plenária
10h50 às 11h50
Painel: Cultura de inovação: alavanca ou barreira?
Participantes:
- Diego Juliano Russo, gerente de tecnologia da Shell Brasil
- Ricardo Ramos, consultor na Petrobras
- Christiano Lins Pereira, líder de inovação aberta e cultura de inovação na Subsea7
- Rafael Clemente, CEO da EloGroup
- Livia Brandini, CEO da Kultua
Local: sala 4
12h às 13h
Painel: Governança, compliance e financiabilidade da industria de óleo e gás
Participantes:
- Frederick Ratliff, conselheiro administrativo – anticorrupção da Shell Brasil
- Sandra Guerra, sócia fundadora da Better Governance
- Salvador Dahan, diretor executivo de governança e conformidade da Petrobras
- Carlos Takahashi, chairman da BlackRock Brasil
- Alexandre Carlos Leite de Figueiredo, Secretário de Fiscalização de Infraestrutura de Petróleo e Gás Natural (SeinfraPetróleo) do Tribunal de Contas da União
Local: sala 1
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