Uma pesquisa realizada pelo Sistema Firjan, com 607 empresas de todo o país, revela que 53% não obtiveram sucesso na tentativa de preencher os postos de trabalho disponíveis nos últimos seis meses. Entre os principais problemas dos candidatos estão a falta de capacidade para assimilar conteúdo, raciocínio lógico, liderança e iniciativa. Dos entrevistados, 60,5% apontaram as quatro características, que ficaram à frente da própria capacitação profissional (51%), experiência (45,4%) ou nível de instrução escolar (35,5%), como as maiores dificuldades.
O estudo revela ainda que 90% das empresas enfrentam dificuldades para contratar trabalhadores por conta da falta de capacidade para resolver problemas (44,5%),capacidade de agir face ao imprevisto (33%), capacidade de observar e interpretar dados (33%) e persistência em superar dificuldades do dia a dia (32,5%).
A pesquisa foi realizada nos últimos três meses com o objetivo de identificar a demanda por trabalhadores qualificados e a oferta de profissionais existente.Entre os entrevistados, 71,5% representam a indústria de transformação e 28,5% a de construção civil. De médio e grande porte, elas possuem 260.239 trabalhadores.
Entre os 47% dos entrevistados que conseguiram preencher totalmente ou parcialmente suas vagas, 65,3% dizem que os profissionais contratados desempenham suas funções de modo razoavelmente satisfatório. Além disso, 71,4% das empresas revelam que a contratação de profissionais com qualificação abaixo da necessária é prática bastante utilizada.
Empresas pretendem contratar nos próximos meses
A pesquisa revela que 60,9% das indústrias pretendem aumentar seu quadro de funcionários nos próximos 12 meses, sendo a maior perspectiva de expansão da construção civil (71,6%). Na indústria de transformação a perspectiva é de 56,6%. Para 2013, 63,3% das empresas prevêem que haverá expansão das contratações. A previsão indica crescente necessidade de absorção de mão de obra na área produtiva.
Sobre as contratações dos últimos seis meses, 81,1% das indústrias revelaram que tiveram aumento ou manutenção da quantidade de funcionários. Na indústria de transformação, o aumento foi de 40,1% e a manutenção dos postos de trabalho de 41,7%. Na construção civil, o aumento foi de 46,8% e a manutenção de 32,4%.