Economia

Exportações fluminenses crescem o dobro da média nacional nos oito primeiros meses do ano

As exportações fluminenses cresceram 67% no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o dobro da média nacional, que foi 32%, de acordo com o boletim Rio Exporta, divulgado pela Firjan. Quatro indústrias contribuíram para o resultado do comércio exterior do estado do Rio no período analis

Agência Brasil
30/09/2011 20:53
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As exportações fluminenses cresceram 67% no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o dobro da média nacional, que foi 32%. De acordo com o boletim Rio Exporta, divulgado nesta quinta-feira (29) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), as vendas fluminenses para o mercado externo atingiram US$ 20,1 bilhões, igualando as exportações do ano passado.

“Ou seja, com quatro meses de antecedência, nós já superamos o ano passado. E isso abre caminho para o Rio de Janeiro bater novo recorde em termos de exportação, em 2011”, disse à Agência Brasil o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês. Não foram feitas, contudo, projeções para a balança comercial fluminense no ano devido ao cenário internacional, que se mantém ainda nebuloso, explicou o economista.

Quatro indústrias contribuíram para o resultado do comércio exterior do estado do Rio no período analisado. Uma delas é a indústria metalúrgica, cujas exportações evoluíram mais de 320%, entre janeiro e agosto, em função da nova siderúrgica instalada na capital (a Companhia Siderúrgica do Atlântico), cuja produção é 100% exportada, principalmente para atender a demanda dos Estados Unidos e da Alemanha.

Outros destaques são a indústria de material de transporte, relacionada às grandes embarcações e plataformas de petróleo, “que vem à esteira da retomada da indústria naval no estado”; a indústria metalmecânica, que tem dado suporte à indústria naval “e, sem dúvida, vai ser um dos grandes propulsores do crescimento do Rio nos próximos anos”; e o refino de combustíveis, “que praticamente dobrou as suas exportações em relação ao ano passado”, disse Mercês.

O saldo comercial fluminense registrou o patamar recorde de US$ 7,6 bilhões entre janeiro e agosto. O aumento foi quatro vezes maior que o de 2010. Com isso, o Rio de Janeiro passou da quinta para a terceira posição entre as maiores contribuições para a balança comercial brasileira. “Com esse crescimento muito forte das exportações, o Rio de Janeiro tem contribuído de forma significativa para o saldo comercial do país”. O estado ocupa agora o terceiro lugar em termos de saldo comercial, depois de Minas Gerais e Pará, na frente inclusive de São Paulo.

Em relação às importações, também houve incremento de 22% nos oito primeiros meses de 2011, com cerca de US$ 12,5 bilhões em valor. “Isso está muito ligado à demanda por matérias-primas. A indústria do estado do Rio de Janeiro cresceu o triplo da indústria nacional. Isso tem demandado bastantes insumos para a produção industrial local”.

Em agosto, as exportações fluminenses somaram US$ 3,1 bilhões. Isso equivaleu ao dobro da receita de igual mês do ano passado. A liderança foi exercida pela indústria do petróleo, que correspondeu a 70% do total embarcado. Em relação às importações, o boletim da Firjan registra recorde no mês de US$ 2 bilhões, com destaque para a indústria extrativa mineral (US$ 479 milhões).
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