Investimentos

Estudos da PJMR serão examinados pela Seinf

A inexistência de subsídios não será justificativa para que a Prefeitura de Fortaleza retarde, ainda mais, o anúncio de uma posição oficial sobre a instalação do Estaleiro Promar Ceará, em Fortaleza. No fim da tarde de ontem, o sec

Diário do Nordeste
27/05/2010 13:07
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A inexistência de subsídios não será justificativa para que a Prefeitura de Fortaleza retarde, ainda mais, o anúncio de uma posição oficial sobre a instalação do Estaleiro Promar Ceará, em Fortaleza. No fim da tarde de ontem, o secretário Municipal de Infraestrutura, Luciano Feijão, confirmou que "recebeu da PJMR - empresa sócia do empreendimento - os estudos de viabilidade (socioeconômica) referentes a praias do litoral de Fortaleza", conforme divulgado, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, ontem.

 

 

 

 

Segundo o secretário, "esse material será incluído nas pesquisas que estão sendo feitas pela equipe técnica da Prefeitura Municipal de Fortaleza para apontar o local mais adequado para a instalação do estaleiro".

 

A perspectiva do anúncio, já antecipada pelo próprio secretário, é de que a prefeita Luizianne Lins vai "bater o martelo", ou seja, apresentar uma posição oficial sobre a implantação - ou não - do equipamento naval na cidade, no início da próxima semana. Os estudos seguem em regime de urgência, tendo em vista a proximidade da data - 30 de junho próximo - para a assinatura do contrato entre a PJMR e a Transpetro, para construção de oito navios gaseiros, ao preço de R$ 536 milhões.

 

Para dinamizar os trabalhos, a Prefeitura conta com o apoio da própria PJMR, que apontou duas pesquisas realizadas nas praias do Titanzinho e do Pirambu. Além dos impactos socioeconômicos, paisagísticos e urbanísticos em três praias de Fortaleza, e nos litorais do Pecém, Paracuru e Camocim, as pesquisas estão buscando apontar os custos de implantação que o empreendimento terá em cada uma destas áreas. Estes custos, porém, ainda não foram revelados, nem pelo empresário nem pela Prefeitura.

 

Custos

 

O presidente da Ceará Portos, empresa que administra o Porto do Pecém, Erasmo Pitombeira, dá uma pista e revela que um quilômetro de enrocamento de pedra (espigão) no Pecém, com 1,8 milhão de metros cúbicos, não sairia por menos de R$ 70 milhões. Além desse valor, há de se contabilizar as despesas com aterramento da área de 100 hectares e de infraestrutura exigidas pelo empreendedor.

 

Para tanto, o governo do Estado sinaliza com investimentos da ordem de R$ 60 milhões, insuficientes, portanto, para construção do enrocamento no Pecém, e com benefícios fiscais semelhantes aos concedidos pelo governo pernambucano ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

 

Para os demais locais, porém, os custos ainda não foram revelados. Paulo Haddad ainda não disse por quanto sai a mesma construção em praias de Fortaleza e anuncia que irá investir R$ 160 milhões, caso o empreendimento seja erguido na Praia do Titanzinho, e que cabe ao Estado apontar e aprontar a área à instalação do estaleiro.

 

Da mesma forma, a prefeita já antecipou que o município de Fortaleza não pretende entrar com recurso financeiro algum e que os investimentos em infraestrutura ficarão por conta do governo Estadual. A expectativa da PJMR e do governo do Estado, no entanto, é a de que a prefeita "permita" a construção do equipamento na Cidade.

Financiamento

 

Para somar os recursos necessários para bancar o empreendimento, o empresário busca financiamento de US$ 70 milhões, o equivalente a 70% do valor do empreendimento, no Banco do Nordeste. Entretanto, sem um local definido para "ancorar o barco", ou seja, sem endereço certo, o pedido de empréstimo do Estaleiro Promar Ceará ainda se encontra em fase de consulta, na Agência Fortaleza Centro, do BNB. "Se existir, ainda está na agência, não está nas carteiras (de crédito) administrativas, nem corporativas", responde o superintendente de Negócios Corporativos do BNB, Jorge Antônio Bagdeve.

 

 

Enquanto a Prefeitura segue pesquisando as áreas mais propícias para o estaleiro, o cronômetro regressivo da Transpetro, à data da assinatura do contrato, não para. Até lá, só restam 35 dias, um período muito curto para o volume de providências que ainda faltam adotar.

 

Fonte: Diário do Nordeste(CE)/RODRIGO CARVALHOCARLOS EUGÊNIO  

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