Avaliação

Estatal supera desafios tecnológicos, diz geólogo

<P>O início do teste de longa duração do campo de Tupi, a primeira descoberta da camada pré-sal da bacia de Santos, anunciada em dezembro de 2007, é visto por especialistas como um marco no mercado petrolífero mundial. “Com o início da produção, a Petrobras vai mostrar que conseguiu super...

Gazeta Mercantil
30/04/2009 00:00
Visualizações: 450 (0) (0) (0) (0)

O início do teste de longa duração do campo de Tupi, a primeira descoberta da camada pré-sal da bacia de Santos, anunciada em dezembro de 2007, é visto por especialistas como um marco no mercado petrolífero mundial. “Com o início da produção, a Petrobras vai mostrar que conseguiu superar os desafios tecnológicos de atuar em tanta profundidade”, diz Giuseppe Bacoccolli, pesquisador da coordenação dos estudos de pós-graduação de petróleo (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


O petróleo de Tupi está a mais de 6 mil metros de profundidade. Até então, o mais longe que a Petrobras havia chegado era a dois mil metros abaixo d’água, informa o pesquisador, que trabalhou na Petrobras por mais de 10 anos. “Produzir em pré-sal, geologicamente, não é novidade”, diz Bacoccolli. “O novo é extrair óleo a essa profundidade”, salienta.


O pesquisador conta que a primeira descoberta de petróleo no pré-sal brasileiro foi feita em 1963, em Sergipe. “Trata-se de um campo a pouco mais de mil metros de profundidade e em terra”, diz. “Em 1969, começaram as descobertas no pré-sal em águas rasas”, lembra o especialista.


Bacoccolli afirma que “qualquer geólogo sabe que o pré-sal tem condições de produzir petróleo”. “Mas Tupi atinge o limite da tecnologia”, frisa. “Não é algo trivial, mas um grande desafio tecnológico para o mundo”, avalia. O especialista conta que sempre houve a expectativa de que haveria petróleo na situação em que a camada pré-sal da bacia de Santos está. “Mas não havia tecnologia para explorar, por isso não tinha porque mexer naquela região”, detalha.


Para Bacoccolli, a atual cotação do barril do petróleo (em torno de US$ 50) - bem abaixo do recorde de julho de 2008 de US$ 147 - não inviabiliza a exploração na camada pré-sal. “O preço do barril é momentâneo, sobretudo por conta da crise financeira mundial, que derrubou a cotação de todas as commodities”, comenta. “O custo médio de exploração do pré-sal para a Petrobras é de, no máximo, US$ 50, portanto, com o barril ficando nesse nível já é suficiente”, afirma.


Para Bacoccolli, até o fim deste ano, o petróleo atingirá US$ 60. “Além disso, a produção em grande escala de Tupi só se dará em 2015. Até lá, a cotação do barril estará mais alta”. Segundo o pesquisador, o fato de o petróleo ser um produto escasso e por grandes quantidades estarem localizadas em áreas de conflitos políticos mundiais (como o Oriente Médio), impulsionará naturalmente a cotação da commodity.


Até meados do ano passado, os equipamentos utilizados na exploração (como navios e plataformas) do petróleo estavam supervalorizados e escassos. Com a queda no preço do barril, segundo Bacoccolli, as locações estão se tornando menos difíceis e os equipamentos mais disponíveis. “Porém, a Petrobras e o governo federal deveriam traçar uma política mais agressiva para proporcionar a produção de equipamentos nos estaleiros brasileiros”, sugere.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
ANP
Reservas provadas de petróleo no Brasil cresceram 5,92% ...
03/04/25
E&P
Investimentos em exploração podem chegar a US$ 2,3 bilhõ...
02/04/25
Evento
Merax apresentará novidades tecnológicas e serviços inte...
02/04/25
Estudo
IBP apoia o lançamento de estudo da consultoria Catavent...
02/04/25
Oportunidade
MODEC anuncia programa de estágio
02/04/25
ANP
Primeira edição do NAVE: resultado preliminar será divul...
02/04/25
Internacional
Sebrae Rio: inscrições para Missão Técnica para OTC em H...
02/04/25
ANP
A produção total de fevereiro foi de 4,487 milhões boe/d
02/04/25
Pessoas
Luis Fernando Paroli assume a presidência da PPSA
02/04/25
Drilling
Constellation anuncia contrato de US$ 170 milhões com a ...
01/04/25
Leilão
PPSA vai comercializar 75,5 milhões de barris de petróle...
01/04/25
Royalties
Valores referentes à produção de janeiro para contratos ...
01/04/25
Petrobras
Preços de diesel para distribuidoras têm aumento
01/04/25
Meio Ambiente
Petrobras e BNDES firmam parceria para reflorestar a Ama...
01/04/25
IBEM25
Energia como vetor de desenvolvimento social, tecnológic...
31/03/25
IBEM25
SOWITEC tem presença destacada no iBEM 2025
31/03/25
Margem Equatorial
Petrobras contribui para ampliação da plataforma contine...
30/03/25
IBEM25
Em congresso internacional de energia, Petrobahia debate...
29/03/25
Mulheres na indústria
Repsol Sinopec Brasil lança Prêmio Ciência Delas
28/03/25
Conteúdo Local
ANP divulga informações sobre o conteúdo local definido ...
28/03/25
Refino
Acelen lança programa para fortalecer cadeia produtiva
28/03/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22