O Estado de São Pau
A Petrobras e a venezuelana PDVSA analisam em que Estado a obra será erguida.
A Petrobras e a venezuelana PDVSA vão decidir em até seis meses o Estado onde será instalada uma refinaria brasileira de petróleo. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, esse é o prazo estimado para que as duas companhias finalizem os estudos sobre o projeto.
Ele negou que Pernambuco já tenha sido escolhido, mas disse que, segundo avaliações da Petrobras, o Nordeste é a região mais adequada para o projeto, estimado em US$ 2 bilhões. "Ainda temos que avaliar questões como demanda de combustíveis, suprimento e tipo de petróleo a ser utilizado antes de escolher a microlocalização", explicou Costa.
O primeiro passo, disse, é a criação de um grupo de trabalho para avaliar essas questões. Em até 45 dias, o grupo terá elaborado um cronograma. "Acredito que teremos uma definição ainda neste semestre." Segunda-feira, as estatais assinaram em Caracas um acordo se comprometendo a estudar a construção da refinaria.
A tendência é que o investimento seja mesmo feito em Pernambuco, pois a PDVSA tem um compromisso com o governo do Estado. A petroleira venezuelana participa do projeto Refinaria do Nordeste (Renor), capitaneado pelo empresário Gilberto Prado que, desde 1998, tenta atrair investidores para a construção de uma refinaria na região.
Em um primeiro momento, Prado fechou um acordo com o governo do Ceará, mas depois mudou o projeto para Pernambuco. Ele acompanhou a comitiva brasileira à Venezuela.
A refinaria está incluída no planejamento estratégico da Petrobras, que prevê o início das operações para depois de 2010. O aumento do consumo interno de combustíveis, porém, pode levar a empresa a antecipar o projeto. A definição vai depender dos estudos que serão feitos em conjunto com a PDVSA. A refinaria era disputada por mais de 10 Estados e a decisão de levá-la para o Nordeste já tira do páreo São Paulo, Rio, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso.
O Rio acabou levando outro projeto da companhia, a unidade petroquímica básica, espécie de refinaria que produzirá matéria-prima petroquímica a partir do petróleo da Bacia de Campos.
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