Jornal do Commercio
A Petrobras continua avaliando a aquisição de ativos da Esso na América do Sul, apesar de ter sido derrotada pela Cosan na disputa pela rede de postos de distribuição da empresa no Brasil, disse, na sexta-feira, o diretor da Área Internacional da estatal, Jorge Luiz Zelada. Recentemente, o executivo afirmou que a companhia avalia a aquisição das redes no Chile e Uruguai.
Zelada afirmou que a empresa ainda não fez a avaliação do negócio e a decisão da compra não está 100% acertada internamente. "Não há como dizer se há interesse ou não. Vai depender de uma avaliação e da estratégia da Petrobras naquele mercado. Existe uma possibilidade, mas não temos nada concreto", disse ele, acrescentando não existir data para concluir a avaliação.
A Esso mantém uma rede de 240 postos no Chile e 121 unidades no Uruguai. A controladora ExxonMobil decidiu se desfazer dos ativos na América do Sul no ano passado, quando contratou o JP Morgan para comandar o processo. Segundo Zelada, caso a Petrobras tenha interesse em adquirir algum ativo, autará "de forma agressiva".
Com relação à compra da Esso pela Consan, o diretor foi evasivo. "O negócio está feito. Não tem como adotarmos uma estratégia no dia seguinte", completou Zelada, em evento da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), no Rio de Janeiro. A Cosan anunciou a aquisição dos ativos da Esso no Brasil na quinta-feira, por US$ 826 milhões.
Em outra coletiva na sexta-feira (25), na sede da estatal no Rio, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi evasivo ao comentar a perda na disputa pelos ativos da Esso no Brasil. Ele afirmou que a empresa irá reavaliar sua estratégia de distribuição e que não houve frustração, por parte da petroleira, por não ter vencido a disputa.
A compra permite que a Consan pratique sua política de preços sem depender da Petrobras e, segundo Costa, é em cima disto que a estatal irá apoiar sua estratégia, que não foi detalhada. "Obviamente que vamos reavaliar, dentro deste contexto, o caminho a ser adotado. A estratégia eu não poderei comentar aqui, porque não haveria sentido divulgá-la antes de todas as avaliações", afirmou o executivo, ao divulgar a balança comercial da estatal no primeiro trimestre.
A Petrobras pagará na quarta-feira a terceira parcela de juros sobre o capital próprio aos acionistas detentores de ações ordinárias ou preferenciais na data base de 11 de janeiro de 2008. O valor total bruto será de R$ 0,3106 para cada ação, do qual R$ 0,30 referentes aos juros sobre capital próprio e R$ 0,0106 à atualização pela taxa Selic.
Sobre o valor de R$ 0,30 incidirá a taxa de 15% de imposto de renda e sobre o valor de R$ 0,0106, correspondente à atualização pela taxa Selic (de 31 de dezembro de 2007 a 30 de abril deste ano) terá incidência de Imposto de Renda à alíquota de 22,5%. As retenções de IR não serão aplicadas aos acionistas imunes e isentos. Essa parcela de juros sobre o capital próprio será descontada da remuneração final relativa ao exercício de 2007.
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