Estaleiro tem licitação indefinida

Ceará

Estaleiro tem licitação indefinida

<p align="justify">O Ceará ainda não possui vencedor da licitação para o estudo que deve apontar locais apropriados em que possa ser instalado um estaleiro. De acordo com a assessoria de imprensa da Transpetro, ainda não há o resultado deste certame. Na

Diário do Nordeste (CE)
04/10/2010 07:26

O Ceará ainda não possui vencedor da licitação para o estudo que deve apontar locais apropriados em que possa ser instalado um estaleiro. De acordo com a assessoria de imprensa da Transpetro, ainda não há o resultado deste certame. Na abertura do processo licitatório para a realização desse estudo, no dia 12 de julho, a Petrobras Transportes S.A. (Transpetro), subsidiária da Petrobras encarregada da movimentação dos combustíveis, previa oficialmente a definição do responsável pelo levantamento no litoral cearense após 30 dias.

Passado o período, a Transpetro esticou o prazo para o fim de setembro. Já em outubro, a empresa não concluiu o processo fundamental para que investidores venham a prospectar um projeto para a construção de um estaleiro no Ceará.

A perda do estaleiro Promar para Pernambuco e a garantia do presidente Lula de que um outro equipamento seria futuramente instalado no Estado, resultado de longa discussão em torno da localização do empreendimento em Fortaleza e a não viabilização de outra área adequada, ainda fazem dessa construção uma possibilidade distante para o Estado. Enquanto isso, Pernambuco já deve ter em janeiro as obras iniciadas.

O estudo que deve apontar o melhor local para a construção do equipamento abrangerá todo o litoral do Estado, à exceção da Capital, cuja inviabilidade para receber um estaleiro já foi demonstrada por estudos encomendados pela Prefeitura, e apresentados ao presidente Lula da Silva.

Segundo a subsidiária de transporte da Petrobras, as conclusões servirão para balizar potenciais investimentos privados na construção naval, que resultem em projetos no Ceará, tendo em vista o crescimento previsto da demanda por navios petroleiros e gaseiros, através do desenvolvimento da produção de petróleo e gás na camada pré-sal. A empresa segue, assim, a diretriz do Governo Federal, de viabilizar novos investimentos no setor naval, através do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota), cumprindo seu papel de indutora maior do desenvolvimento desta indústria no País, geradora de emprego, renda e cidadania a milhares de trabalhadores brasileiros.

Pernambuco adiantado

Caso a licença ambiental seja concedida pela Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) até o próximo mês, o Estaleiro Promar vai começar as obras civis em janeiro de 2011. "A nossa expectativa é de que isso ocorra, porque já conseguimos a licença ambiental prévia", disse o diretor de novos negócios da companhia, Dail Cardoso, ao Jornal do Commercio de Pernambuco. O investimento será de R$ 300 milhões e a empresa está se implantando no Complexo Industrial e Portuário de Suape.

"Iniciamos também o processo de seleção para escolher a construtora que fará a obra civil", comentou Cardoso, acrescentando vários prazos que mostram a pressa para se implantar e cumprir os prazos do contrato de venda já assinado com a subsidiária de logística de Petrobras, a Transpetro. O Promar deve entregar o primeiro navio à estatal em julho de 2013. "Depois de um ano e três meses do início das obras, começaremos a construção do primeiro navio, o que deve ocorrer em março de 2012", explicou Cardoso.

Serão necessários dois anos para concluir a parte física da implantação do empreendimento. O Estado de Pernambuco publicou decreto em que são doados 81 hectares ao Promar Ceará. Apesar de desde o dia 1º de julho deste ano, - quando ocorreu o anúncio oficial do empreendimento - o nome Ceará ter sido retirado da nomenclatura da empresa, o documento ainda foi produzido com a representação inicial.

Segundo o vice-presidente executivo de Suape, Sidnei Aires, o decreto foi publicado com o nome antigo porque, oficialmente, não foram apresentados os documentos com a mudança do nome.