<P>Os barcos offshore mais velozes do Brasil estão em construção em Guarujá. O estaleiro Force One, recém-criado no município, irá lançar até o final do ano o primeiro da linha F1-Force One. A embarcação, cujo projeto é genuinamente brasileiro, atingirá 160 Km/h.</P><P>Apesar de represe...
A Tribuna - SPOs barcos offshore mais velozes do Brasil estão em construção em Guarujá. O estaleiro Force One, recém-criado no município, irá lançar até o final do ano o primeiro da linha F1-Force One. A embarcação, cujo projeto é genuinamente brasileiro, atingirá 160 Km/h.
Apesar de representar um novo conceito de barco de alta velocidade, a série F1-Force One depende de colaboradores para o fornecimento de equipamentos e materiais. Os idealizadores da linha, desenvolvida com modernas técnicas de fabricação e considerada ambientalmente correta, são os próprios financiadores do modelo e esperam investidores para produzir em série.
O projeto da embarcação começou a ser desenvolvido há cinco anos pelos arquitetos Marta Lopes e Ovid Duncan Júnior, especialistas no setor naval, e pelo piloto e capitão amador Gontran Parente. A expectativo do grupo é que o primeiro exemplar possa ganhar os mares até o final deste mês.
Por enquanto, três modelos estão em construção no estaleiro do Porto Marina Astúrias, que fica dentro do Complexo Industrial e Naval de Guarujá (Cing).
Conforme explicou Parente, o F1-Force One será o mais rápido barco do País e terá as melhores condições de segurança. Só como exemplo, uma viagem entre as cidades de Santos e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, poderá ser feita em duas horas e meia. Se a saída for mais uma vez de Santos mas o destino for Ilhabela, no Litoral Norte, o passeio irá demorar apenas meia hora. ''Queremos provar que fazer um barco rápido e com segurança é possível no Brasil, até para ganhar dinheiro com exportação'', defendeu.
Parente contou que as principais autoridades da navegação em alta velocidade, principalmente as norte-americanas, acompanham de perto o desenvolvimento dos modelos. Um dos exemplo é o preparador de motores Bob Teague, dono da Teague Custom Marine, uma das maiores empresas do ramo.
O modelo brasileiro interessa aos estrangeiros porque, nos Estados Unidos, existem competições do gênero que chegam a movimentar mais dinheiro do que a Fórmula 1 de Automobilismo. ''Nós desenvolvemos um conceito de barco. Não existe nada igual no Brasil'', destacou Parente.
Segundo o navegador, cada barco é feito artesanalmente, ou seja, os materiais adotados exigem a presença contínua de profissionais no seu desenvolvimento. A embarcação requer o trabalho de cerca de 60 pessoas. ''Não tem uma única parte feita com máquinas. De máquinas, só os motores'', ressaltou, ao comentar que a empresa Megatech, de São Vicente, deverá oferecer a tecnologia para a propulsão da offshore.
A linha F1-Force Onde terá 1.600 cavalos de potência, o dobro de um motor de carro de Fórmula 1.
O combustível a ser usado no primeiro modelo será gasolina - pelo equipamento ter sido uma oferta de uma empresa norte-americana. Mas há ainda a chance do barco ser lançado com motor a diesel brasileiro. ''Se a Megatech conseguir nos preparar um a diesel, vamos poder lançar o F1 com produção totalmente nacional'', vislumbrou.
Para abastecer estes equipamentos, foi projetado um tanque de 900 litros de combustível, que ficará bem na área central do casco, justamente para dar maior estabilidade e equilíbrio à navegação.
Fonte: A Tribuna - SP
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