Jornal do Brasil
O Rio perde outra grande empresa. A Esso do Brasil, subsidiária da Exxon Mobil, maior petrolífera do planeta, está de malas prontas. Vai transferir sua sede no país para Curitiba, que tem atraído cada vez mais multinacionais - como Kraft Foods e Dana, sem falar na expansão da Bosch e da Volvo.
A direção da companhia já tinha trocado de endereço há cerca de três anos, fechando seu escritório no Castelo e abrindo outro na Barra da Tijuca. Agora, embarca rumo ao Sul, afastando-se do maior centro produtor de petróleo e gás do país - a Bacia de Campos responde por mais de 80% da produção nacional - em troca de benefícios fiscais.
Os funcionários vêm sendo transferidos para a capital paranaense ao longo das últimas semanas. Quem não topa leva bilhete azul. É um baque para a economia fluminense. Instalada no Rio há 93 anos, a Esso gera 2,2 mil empregos diretos em todo o país, fora os 10 mil indiretos (revendas, lojas de conveniência etc.).
A mudança evidencia o foco da companhia no Brasil: reverter a perda de participação no varejo. São 2,4 mil postos de combustíveis com sua bandeira em todo o país, que respondem por 9,5% do mercado nacional de distribuição - um modesto quinto lugar no ranking, atrás de BR, Ipiranga, Shell e Texaco. Na exploração e produção (E&P, no jargão do setor), sua presença tem sido discreta. Desde a terceira rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), não arremata um bloco sequer.
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