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Espanhol diz que Brasil vai liderar petróleo

Reportagem publicada ontem pelo diário espanhol El País afirma que a descoberta de novas reservas de gás e petróleo no Brasil o fizeram "tomar as rédeas da América Latina", permitindo ao país "reafirmar seu papel de potência regional e se afastar de (Hugo) Chávez e (Evo) Morales".

Diário Catarinense
26/11/2007 02:00
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Reportagem publicada ontem pelo diário espanhol El País afirma que a descoberta de novas reservas de gás e petróleo no Brasil o fizeram "tomar as rédeas da América Latina", permitindo ao país "reafirmar seu papel de potência regional e se afastar de (Hugo) Chávez e (Evo) Morales".

O jornal destaca que nem o petróleo da Venezuela nem o gás da Bolívia vão superar o Brasil. "Com dois anúncios quase simultâneos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva colocou o Brasil como a principal potência energética da América Latina no médio prazo tanto na visão de seus vizinhos quanto nos investimentos internacionais".

Segundo a reportagem, esses dois anúncios se referem à descoberta do novo campo de Tupi, na Bacia de Santos, e à retirada do Brasil de um projeto conjunto de gás na Venezuela.

O jornal afirma que "o Brasil nunca escondeu que considera a América do Sul sua área de influência estratégica, e os acontecimentos ocorridos nos últimos dois anos em torno de projetos populistas em países da região, como Venezuela e Bolívia, haviam soado os alarmes no Executivo e na diplomacia brasileira".

Presidente declarou que "Deus é brasileiro"

O artigo argumenta que essa preocupação não vinha tanto pelo caráter político dos governos dos dois países, mas sim pela "dependência energética em que estava se afundando".

"Por isso não é de se estranhar que o presidente Lula tivesse declarado eufórico que está comprovado que Deus é brasileiro ao comentar a descoberta das reservas de petróleo que não somente consagram a já conseguida, em 2006, auto-suficiência petrolífera do país, como o convertem em um exportador", diz o jornal.

A reportagem conclui dizendo que a nova condição brasileira e a retirada da Petrobras de um projeto de extração de gás considerado importante para a construção do gasoduto da América do Sul, proposto por Chávez, podem provocar atritos.

"O governo de Lula é amistoso em suas formas com seu homólogo venezuelano, mas a ninguém escapa que ambos perseguem o objetivo de se converter em referência energética regional e estão em rumo de colisão, que cedo ou tarde ocorrerá", afirma o jornal espanhol.

"Lula e Chávez têm prevista uma reunião em dezembro, em uma cúpula trimestral ordinária, para tratar de energia. Lula chegará ao encontro em uma posição muito diferente e de muito mais força que no passado".

Fonte: Diário Catarinense
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