A EPE concluiu, no final do mês de fevereiro, os primeiros Estudos de Impacto Ambiental (EIA) de usinas hidrelétricas elaborados pela equipe da Superintendência de Meio Ambiente da empresa. Os primeiros trabalhos envolvem as usinas de São Manoel e de Foz do Apiacás, que deverão entrar nos leil
Redação/ Agências
A EPE, Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério das Minas e Energia, concluiu, no final do mês de fevereiro, os primeiros Estudos de Impacto Ambiental (EIA) de usinas hidrelétricas elaborados pela equipe da Superintendência de Meio Ambiente da empresa. Os primeiros trabalhos envolvem as usinas de São Manoel e de Foz do Apiacás, que deverão entrar nos leilões de energia de 2010. Os dois empreendimentos somam 930 MW de potência e foram protocolados, respectivamente, nos órgãos ambientais federal (Ibama) e do Mato Grosso (Sema).
No caso de São Manoel, o Ibama terá 30 dias para avaliar o estudo. A partir do aceite, o EIA seguirá para análise técnica e consulta aos demais órgãos envolvidos no licenciamento ambiental. O prazo é de 180 dias. A usina, a fio d'água, será instalada no rio Teles Pires, numa área entre os biomas Cerrado e Amazônico, característicos por apresentar alta biodiversidade. Foram identificadas 813 espécies da fauna terrestre, 245 espécies de peixes e 584 espécies vegetais.
Já a usina hidrelétrica Foz do Apiacás, com 230 MW de capacidade instalada, estará localizada no rio Apiacás, no estado do Mato Grosso - afluente do Teles Pires. Também com regime operacional a fio d’água, a região de inserção do empreendimento abarca uma área de alta biodiversidade, segundo foi constatado nos estudos ambientais desenvolvidos pela EPE. Neste caso, foram identificadas 843 espécies da fauna terrestre, 193 espécies de peixes e 535 espécies vegetais.
Além de São Manoel e Foz do Apiacás, a EPE vai protocolar em março os EIAs das usinas Teles Pires (1.820 MW) e Sinop (430 MW), ambas localizadas no rio Teles Pires (MT). Estes dois empreendimentos também deverão integrar os leilões de energia a serem realizados em 2010. "Nenhum desses projetos atingem unidades de conservação ou terras indígenas. Além disso, as quatros usinas alagam, em média, 0,20 km² por MW gerado, contra uma média brasileira de 0,49 km²/MW", explica o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim.
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