Operação

Entraves atrasam navios da Aliança

<P>A Aliança Navegação já decidiu que investirá R$ 300 milhões na aquisição de quatro novos navios para cabotagem, mas esbarra nas condições para contratar estaleiros brasileiros. O gerente da Regional Sul da companhia, Renê Wlach, informou ontem, durante seminário sobre infra-estrutura ...

Jornal do Commercio - RS
24/09/2008 00:00
Visualizações: 315 (0) (0) (0) (0)

A Aliança Navegação já decidiu que investirá R$ 300 milhões na aquisição de quatro novos navios para cabotagem, mas esbarra nas condições para contratar estaleiros brasileiros. O gerente da Regional Sul da companhia, Renê Wlach, informou ontem, durante seminário sobre infra-estrutura realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em Porto Alegre, que cada embarcação terá capacidade para transportar 2,5 mil contêineres. O tempo de construção é de três anos.

Os estaleiros têm passivos trabalhistas e fiscais que precisam ser resolvidos para viabilizar os novos projetos, explicou o executivo. O Ministério dos Transportes acompanha o impasse em busca de uma solução. Wlach aposta na superação da dificuldade ante a meta do governo federal de impulsionar a indústria nacional de construção naval. Fabricantes novos, como o Estaleiro Rio Grande, que está sendo construído pela WTorre em Rio Grande, deve focar a demanda da Petrobras, sem espaço para pedidos de empresas privadas nos próximos anos.

A Aliança opera 117 navios no mundo, 39 deles na costa brasileira. Desse total, dez são dedicados exclusivamente à cabotagem e 29, para transporte de longo curso. As operações no País mobilizam mil funcionários, 400 embarcados e os demais em terra. Em 2007, o faturamento da companhia foi de R$ 2,2 bilhões. Wlach ressaltou a necessidade de investimentos na melhoria das condições de operação dos portos brasileiros, principal porta de entrada e saída de produtos do País, com 94% do trânsito de mercadorias.

O executivo apontou que a ampliação da frota de navios deve gerar déficit de profissionais para atuar no setor. A contratação de oficiais de marinha cresceu 67% entre 2000 e 2007. Mas já há previsão de déficit de mais de 30% da categoria. Precisamos crescer em frota de navios e infra-estrutura e pode faltar pessoal para operar o transporte, alertou Wlach. Outra preocupação da companhia, pertencente ao grupo Hamburg Süd, é a alta do bunker, óleo combustível de navio. Em 1998, a tonelada do óleo valia US$ 68 e passou a US$ 500 no ano passado. As altas do ferro no mercado mundial também devem elevar o valor de construção de navios.

As condições de operação no porto do Rio Grande, onde a Aliança movimenta 20% dos contêineres, devem melhorar a partir de outubro, com a dragagem continuada e ampliação da infra-estrutura para operação de cargas, apontou o gerente da regional Sul da Aliança. Mas não é suficiente. Empresas que operam com o transporte de cargas de cabotagem e para portos em diversas regiões do mundo contabilizam prejuízos pelas deficiências na operação de terminais.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22