Infra-estrutura

Empresas lideram investimentos nos portos

<P>Os investimentos em infra-estrutura e expansão portuária deverão ganhar em 2007 aportes da iniciativa privada nos principais portos do País. O embarque de granéis, contêineres, o transporte de carros e a instalação de estaleiros serão as prioridades dos investimentos das empresas.</P><P>...

DCI - SP
03/01/2007 00:00
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Os investimentos em infra-estrutura e expansão portuária deverão ganhar em 2007 aportes da iniciativa privada nos principais portos do País. O embarque de granéis, contêineres, o transporte de carros e a instalação de estaleiros serão as prioridades dos investimentos das empresas.

No maior porto do País, o de Santos a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) estima que o incremento das exportações de veículos pelo porto já é reflexo da entrada em operação do Terminal de Exportação de Veículos (TEV), administrado pela Santos Brasil, na Margem Esquerda do porto santista.

Para o diretor comercial e de desenvolvimento da estatal, Fabrizio Pierdomenico, a entrada em operação do TEV, em abril de 2006, com maior oferta de infra-estrutura e serviços, foi o fator principal na alta de veículos transportados. “Retomamos uma carga que já foi nossa e que saiu do porto devido a gargalos. Hoje contamos com dois terminais em operação, o da Deicmar na margem direita e o TEV. Para 2007, a projeção é de movimentar até 10% a mais”, diz.

Em todo o ano de 2005 foram movimentados 208 mil veículos, 16,5% a menos que o volume escoado em 2004, quando foram embarcados e desembarcados pelo porto 243 mil carros. Entre as montadoras que haviam saído do porto e agora retornaram está a italiana Fiat. Outras, como Volkswagen, Ford e Peugeot, escoam pelo cais santista. A projeção é fechar o ano de 2006 com 20% mais em movimentação em relação a 2005. No geral, o porto movimentou 6,61 milhões de toneladas em setembro último.

A cidade de Santos conseguiu aprovar em novembro último o seu plano de zoneamento, que inclui as áreas destinadas ao projeto Barnabé-Bagres. A aprovação do plano dá a largada para um investimento de US$ 680 milhões e prevê a duplicação da capacidade atual de movimentação do complexo portuário de 80 milhões de toneladas anuais. “A partir de agora, iremos iniciar a solicitação das devidas licenças ambientais e, a partir daí, iniciar os processos de licitação. As obras devem começar efetivamente a partir de 2008”, explica Arnaldo Oliveira Barreto, diretor de infra-estrutura da Codesp.

O Porto de Santos prevê para 2007 mais um ano de recordes, o 14º consecutivo, com a movimentação projetada para 78,9 milhões de toneladas, mais 4,8% sobre o esperado para este ano. O porto de Santos deve encerrar o ano de 2006 com um total de 75,2 milhões de toneladas de cargas movimentadas, um incremento da ordem de 4,6% sobre 2005. O aumento está sendo puxado pela alta de 8,5% nos líquidos a granel, de 5,1% na carga conteinerizada e de 1,3% nos sólidos a granel.

O terceiro empreendimento que vai consolidar a cidade de Rio Grande (RS) e a região do porto como um dos maiores pólos navais brasileiros foi confirmado no início de dezembro pelo governo do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma unidade industrial para construção de estruturas navais, conversão de navios, industrialização de módulos e construção de plataformas de petróleo e gás natural da empresa Queiroz Galvão. Os outros dois projetos que já estão em andamento são o dique seco (sociedade entre WTorre, Estaleiro Rio Grande, Rio Bravo Investimentos, Quip e Petrobras) e a Plataforma P-53 da Petrobras.

A unidade da Queiroz Galvão ocupará uma área de 280 mil metros quadrados para produzir plataformas fixas e flutuantes. As fixas, de 25 mil toneladas, terão altura de 264 metros, e as flutuantes, de 65 mil toneladas, altura de 320 metros.

Segundo o diretor da Queiroz Galvão, Mário Guimarães, a assinatura do protocolo de intenções é um compromisso da empresa e nada vai fazê-la desistir do investimento.

Conforme o superintendente do Porto do Rio Grande, Vidal Mendonça, a área para implantação do estaleiro está localizada ao lado dos outros empreedimentos. “Trata-se do terreno que era destinado à instalação do estaleiro Aker-Promar, que desistiu do projeto em Rio Grande”, esclareceu Mendonça.

Nos dez primeiros meses de 2006, o porto de Rio Grande (RS) movimentou 19,02 milhões de toneladas, volume superior ao registrado em todo o ano de 2005. Na comparação com o mesmo período de 2006, as operações tiveram alta de 25,11%. As exportações cresceram 35,84%, com embarques de 12,34 milhões de toneladas. As importações, mesmo com ritmo mais acelerado do que em anos anteriores, tiveram alta de apenas 9,2%.

Segundo Mendonça, pela prévia da movimentação que o porto deve registrar em novembro, pode-se projetar uma movimentação maior do que a que estava sendo esperada pela superintendência do porto. “Imaginávamos fechar 2006 com cerca de 21,5 milhões de toneladas, mas os números apontam para mais de 22,5 milhões de toneladas. Com isso, bateremos o recorde histórico do porto, obtido em 2004, que é de 22,3 milhões”, conta Vidal.

No Porto de Suape, Pernambuco, o consórcio, que atualmente existe apenas como “estaleiro virtual” poderá usar o imóvel como garantia para a obtenção de um financiamento do Fundo de Marinha Mercante, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O consórcio, constituído pela holding Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, estaleiro Aker Promar e pela coreana Samsung, construirá em Suape um estaleiro orçado em US$ 240 milhões e que terá capacidade de produção de dois navios a cada 36 meses e uma plataforma de petróleo a cada 18 meses. A construção do empreendimento tem previsão de começar no primeiro semestre de 2007. A encomenda inicial para viabilizar o estaleiro é um lote de 10 navios petroleiros que serão fornecidos à Transpetro.

Fonte: DCI - SP

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