Firjan

Empresas do Rio de Janeiro driblam aumento de energia com inovações, eficiência e tecnologia

Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
21/06/2021 18:17
Visualizações: 1538

A mais recente crise hídrica e energética vem elevando ainda mais o preço da energia elétrica que, no estado do Rio, historicamente é a mais cara do país. Mas o que pode ser mais um entrave na retomada econômica não vem abalando algumas empresas fluminenses, que implementaram soluções inovadoras e estão um passo à frente na melhoria da competitividade. Há exemplos em Campos e Itaperuna, mas, no caso da cidade do Noroeste, o retorno do investimento veio em menos de um ano e com uma redução de 21%, a partir das ações do Instituto SENAI de Tecnologia Química e Meio Ambiente (IST QMA).

PublicidadeO processo começou em 2019, depois que técnicos do instituto visitaram a empresa de água mineral natural L'aqua, localizada em Raposo, distrito de Itaperuna. Para atingir a economia de 21%, a empresa fez ajustes no tempo e horário de utilização de maquinários (denominado ajuste na distribuição da carga), readequando seu sistema de produção e de operação de maquinários.

“A energia é o gargalo de toda empresa, e os técnicos fizeram um levantamento minucioso de todo o processo de produção e dos equipamentos que mais consumiam energia. No nosso caso, que trabalhamos com um produto final de valor baixo, cada centavo é importante para sermos competitivos”, contou Marcelo Pacheco, diretor-sócio da empresa e diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Águas Minerais (Sindinam).

Especialista em Serviços Tecnológicos da área de Energia e Sustentabilidade da Firjan SENAI, Sudá de Andrade Neto explica que as economias podem variar de 5% a 25% a partir de medidas como troca de equipamentos, ajustes na operação e até mesmo uma mudança criteriosa de modalidade tarifária no contrato da empresa com a concessionária de distribuição de energia.

“O empresário faz um contrato do que ele acha que pode gastar em energia, mas muitas vezes vai além das suas necessidades práticas”, explica Sudá. “Estamos falando de um insumo fundamental para qualquer empresa, de qualquer tamanho e setor, e um dos mais caros. Portanto, ações como essas, voltadas para a eficiência energética, ganham ainda mais importância agora, em um contexto de crise hídrica e energética, pois são medidas que costumam gerar um retorno sobre o investimento mais curto, em geral de menos de um ano”.

A energia chega a representar cerca de 40% dos custos de produção de uma empresa. Segundo estudo da Firjan, com dados de janeiro a outubro do ano passado, o estado do Rio continua, disparado, com a maior tarifa de energia elétrica para o setor industrial entre todos os estados da federação. Segundo dados da ANEEL, são, em média, R$ 922,67 por hora de megawatt (MWh), dos quais 36% são impostos. O segundo lugar, por exemplo, é Mato Grosso, que tem média de R$ 735,44 por MWh, sendo 31% de imposto.

“A energia é um gargalo contra o qual estamos lutando, mas o Instituto SENAI de Tecnologia nos aponta soluções viáveis e a curto prazo que se tornam ainda mais imprescindíveis neste momento crítico”, destacou o presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Vargas Hoffmann.

As ações fazem parte do programa Indústria Mais Eficiente do Instituto SENAI de Tecnologia, localizado na Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, mas atende a todo o estado fluminense e está aberto a qualquer empresa interessada. Associados da federação têm prioridade no acesso ao serviço.

Energia solar como alternativa

Outra solução que os empresários vêm buscando é o uso de energia solar. Em Campos, um dos pioneiros em sua área de atuação foi Rodolfo Gama, dono de uma cerâmica na Baixada Campista. Ele começou em 2017 com a instalação de 300 placas. E hoje já planeja a expansão, enquanto percebe um grande crescimento dessa iniciativa, especialmente na Baixada.

“A taxa de retorno do investimento é de quatro anos, mas comigo veio até antes. Tive uma redução no custo com energia de no mínimo 15%. É um negócio que vale muito a pena, tanto que hoje já existem entre 15 e 20 cerâmicas com energia solar em Campos, e em breve mais 10 estarão com esses equipamentos”, contou Rodolfo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pré-Sal
CNPE fixa valor mínimo de R$ 10,2 bilhões para Áreas Não...
07/10/25
Gás Natural
Petrobras realiza primeira importação de gás natural da ...
07/10/25
Petrobras
Novas embarcações de apoio a sistemas submarinos serão c...
07/10/25
Combustíveis
Cepea/Esalq: etanol anidro sobe 0,17% e hidratado recua ...
06/10/25
Pré-Sal
FPSO P-91 que será instalado no campo de Búzios tem cont...
03/10/25
Resultado
BRAVA Energia alcança recorde de produção no terceiro tr...
03/10/25
Oportunidade
Firjan SENAI SESI lança programa de empregabilidade para...
03/10/25
Sustentabilidade
Amazon Brasil e Petrobras anunciam iniciativa de colabor...
02/10/25
Etanol
Ampliar o consumo doméstico de etanol: desafio essencial...
01/10/25
Negócio
Vallourec conquista pedido com a Petrobras para o SUBMAG...
01/10/25
Pré-Sal
Vindo do Estaleiro Benoi, em Singapura o FPSO P-78 chega...
01/10/25
Combustíveis
Etanol aumenta mais de 1% em setembro, afirma Edenred Ti...
01/10/25
Negócio
PetroReconcavo conclui a compra de 50% dos ativos de mid...
01/10/25
PD&I
Brasil tem capacidade de desenvolver tecnologia própria ...
01/10/25
ESG
Pesquisa Firjan ESG 2025 revela amadurecimento das empre...
30/09/25
Evento
Setor de Energia entra na "era inteligente" com IA integ...
30/09/25
Documento
Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais 2026–2035...
30/09/25
Premiação
Conheça as ganhadoras do Prêmio Firjan de Sustentabilida...
29/09/25
Refino
Produtoras e distribuidoras de combustíveis montam força...
29/09/25
Evento
Agenda da ABPIP em Brasília reforça urgência de ajustes ...
29/09/25
Combustíveis
Cepea/Esalq: etanol anidro recua 3,02% e hidratado cai 0,20%
29/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23