<P>Empresários do Porto de Santos estão preocupados com o risco dos servidores federais que atuam na liberação de cargas, no complexo, entrarem em greve neste mês. Eles temem que as operações portuárias sejam prejudicadas e que o setor amargue prejuízos em decorrência das paralisações.</...
A Tribuna - SPEmpresários do Porto de Santos estão preocupados com o risco dos servidores federais que atuam na liberação de cargas, no complexo, entrarem em greve neste mês. Eles temem que as operações portuárias sejam prejudicadas e que o setor amargue prejuízos em decorrência das paralisações.
Os servidores federais de todo o País vão realizar um paralisação no próximo dia 17. Chamado de Dia Nacional da Luta, o evento pode resultar em greves por tempo indeterminado se o Governo Federal não atender as reivindicações dos agentes de órgãos como Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, do Ministério da Saúde), Vigilância Agropecuária (Vigiagro, da Agricultura), Departamento do Fundo de Marinha Mercante
(DFMM, dos Transportes), Receita Federal (Fazenda) e Polícia Federal (Justiça).
O principal temor que o comércio exterior nacional tenha seu desempenho prejudicado pelos ‘‘piquetes’’, afirmou o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários de São Paulo (Sopesp), Mauro Salgado, que também preside a Libra Terminais. ‘‘É altamente preocupante porque estes servidores têm funções estratégicas no País. Nos últimos anos contamos com o bom senso dos líderes dos movimentos, que conseguiram manter um número mínimo de atendimento’’, ressaltou.
Ao lembrar que as manifestações por melhores condições de trabalho são legítimas, Salgado sugeriu que as paralisações sejam ordenadas a ponto do trabalho no porto não ser interrompido totalmente.
O vice-presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, explicou que sua preocupação não se restringe apenas às atividades no maior porto do País. Ele disse que há a preocupação dos novos movimentos atingirem o sistema portuário como um todo. ‘‘Nós vimos esse impacto no ano passado. Naquela ocasião, houve desvios de cargas de Santos para portos como Rio Grande (RS), Itajaí (SC). O problema é que esses portos não tinham como atender o que não saia por Santos e acabaram tendo problemas’’.
Roque cobrou que os líderes dos movimentos grevistas sigam critérios e tenham bom senso na forma de cobrar o Governo. ‘‘Estamos acompanhando os rumos dessas eventualidades. Tomara que a coisa seja feita de um modo que não impacte fortemente no trabalho de outros setores’’.
Fonte: A Tribuna - SP
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